“Nós compreendemos o outro porque temos dentro de nós a mesma experiência”.
De onde vem esse conceito?
No século passado, era assunto da filosofia, referenciava-se a conexão emocional entre a arte e o expectador. Ja na década de 90, neurocientistas italianos, demonstraram a existência de neurônios espelho em diferentes espécies, especificamente no ser humano, foram identificadas áreas cerebrais específicas, ligadas à identificação de emoções, quanto maior a identificação da experiência em nós, maior a ativação neuronal. Atualmente, tanto a psicologia quanto a neurociência trazem a perspectiva de que a empatia é humana e universal, pode ser fisiologicamente comprovada, pois é um tipo de inteligência que abrange componentes afetivos, cognitivos e emocionais.
O que empatia tem a ver com o mundo dos negócios?
Tudo! É só perceber novos drivers empresariais com o design thinking. Ele revolucionou processos criativos e de inovação empresarial quando trouxe o ser humano para o centro de todo o processo de desenvolvimento de soluções.
O mapa de empatia foi criado para identificar dores e necessidades do público-alvo de um designer, no entanto, virou ferramenta de trabalho para profissionais de diversas áreas e desafios profissionais. Uma empresa é constantemente desafiada a atender as expectativas, dores e necessidades de seus clientes, parceiros, colaboradores, acionistas e etc.
Quem faz uma empresa ter sucesso são as pessoas que nela trabalham, maquinários, processos, políticas, móveis e imóveis, sem o fator humano, nada produzem. Dai, a relevância da empatia como diferencial competitivo, ela impacta no clima, na capacidade de comunicar, de engajar, criar conexões genuínas e profundas. Sem ela seria impossível construir cooperação, colaboração e trabalho em equipe.
Como a empatia pode alavancar minha vida profissional?
Desenvolver uma abordagem empática talvez seja o esforço mais significativo que você possa fazer para melhorar suas habilidades e potencializar seus dons e talentos. Seja qual for seu estilo comportamental, área de conhecimento ou função, sempre haverá um grau de interação com outras pessoas.
A empatia faz com que sua capacidade de estar presente, ter uma escuta ativa, criar uma conexão genuína com seus interlocutores aumente. Tudo isso te ajuda a captar melhor informações verbais e não-verbais e, ao filtrá-las, ter melhores condições de decodificar o mundo de forma mais ampla e profunda. Assim, ser capaz formular hipóteses mais criativas e ricas, pois o processo não será a partir de seu ponto de vista e sim de diferentes perspectivas além das suas.
Ser capaz de sentir, pensar e compreender o universo do outro, aumenta sua comunicação interpessoal, ou seja, ampliar seu repertorio sócio emocional pode te tornar um profissional mais ágil e adaptável em cenários complexos e incertos como os atuais.
É um grande diferencial competitivo, ser mais flexível para mudar de direção à medida que os pensamentos e sentimentos da outra pessoa também mudam, essa outra pessoa pode ser seu líder, seu cliente ou qualquer outro stakeholder.
Afinal, como a empatia pode influenciar os resultados empresariais?
O fato é que o ecossistema empresarial também é bem complexo e dinâmico. Atrair, desenvolver e reter profissionais empáticos tem sido um desafio cada vez maior para os RHs das empresas. Não se trata apenas de objetivos de clima, de empresas boas para se trabalhar, bacanas, descoladas ou bem pontuadas nos rankings de pessoas. Vai muito além disso, pessoas são radares poderosíssimos, possibilitam que as empresas fiquem sensíveis as movimentações sociais, mudanças de mercados, tendências de consumo, por exemplo. Ter consciência disso pode garantir a sobrevivência do negócio!
Fonte: Administradores