IPCA registra aumento acumulado de 4,50% nos últimos 12 meses; queda nos preços de alimentos ajuda a contrabalançar os impactos da energia e dos transportes
A inflação, conforme medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou para 0,38% em julho, após um aumento de 0,21% em junho, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (9). No acumulado de 2024, o IPCA registra alta de 2,87%. Já nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 4,50%, superando os 4,23% registrados no período anterior de 12 meses.
Em julho, o grupo dos Transportes exerceu a maior pressão sobre o IPCA, com uma variação de 1,82%, que contribuiu com 0,37 ponto percentual para o índice geral. Esse aumento foi impulsionado, principalmente, pela alta de 3,15% nos preços da gasolina, seguida pelos aumentos de 5,90% no etanol e 1,03% no óleo diesel. Em contrapartida, o gás veicular registrou uma leve queda de 0,20%.
Além disso, as passagens aéreas apresentaram um aumento expressivo de 19,39%. No grupo Habitação, houve uma alta de 0,77%, impulsionada pelo aumento de 1,93% nas tarifas de energia elétrica residencial, resultado da implementação da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100 kWh consumidos.
Por outro lado, o grupo Alimentação e Bebidas apresentaram uma queda de 1% em julho, com a alimentação no domicílio registrando uma diminuição de 1,51%. Essa deflação no grupo ajudou a compensar as altas verificadas em outros setores.
Analistas consultados pela Reuters previam uma alta de 0,35% para julho e um acumulado de 4,47% nos últimos 12 meses, números que ficaram próximos dos dados divulgados pelo IBGE. Além disso, em São Paulo, uma das concessionárias de energia aplicou uma redução média de 2,43% nas tarifas a partir de 4 de julho.
Os principais grupos que compõem o IPCA em julho apresentaram as seguintes variações:
Fonte: Jornal Contábil