Darnell trabalhava como diretor clínico em um grande hospital. Junto à esposa, era pai de gêmeos recém nascidos. Durante um período difícil de turnover no trabalho, ele perdeu a paciência e gritou com uma enfermeira na frente de uma paciente e sua família. Na mesma semana, em um dia que seus gêmeos não queriam adormecer, Darnell também explodiu em casa.
As raízes dos problemas de relacionamento que temos na vida e no trabalho muitas vezes são as mesmas. No caso de Darnell, eram estresse contínuo e falta de autoconsciência.
A Inteligência Emocional não é apenas para o local de trabalho.
O cérebro não faz distinção entre nossa vida pessoal e profissional. Obviamente, aprendemos hábitos que nos levam a comportamentos diferentes: há piadas que faríamos com amigos em um bar que nunca repetiríamos em uma reunião com diretores no trabalho.
Mas, no geral, nossas fraquezas tendem a serem as mesmas em casa e no trabalho, e se revelam de formas semelhantes, apesar dos contextos distintos. Portanto, quando desenvolvemos competências de inteligência emocional, sentimos os benefícios em todos os aspectos da vida.
A autoconsciência emocional é um primeiro passo fundamental para melhorar a inteligência emocional e dar início a uma mudança comportamental positiva. Ela ajuda a reconhecer padrões nas maneiras que reagimos a situações estressantes ou lidamos com desafios inesperados. Com a autoconsciência, podemos dizer a nós mesmos:
“Estou prestes a dar um escândalo por causa da minha raiva. Mas sinto que a pessoa com quem estou falando está desconfortável ou com medo. Preciso respirar e reavaliar a situação”.
Essa consciência é um catalisador para começar a equilibrar as emoções com mais frequência, para evitar explosões e, consequentemente, para ser mais eficaz e compreensivo na comunicação.
Encare a inteligência emocional de forma holística. Assim como uma autoavaliação por si só não é capaz de dar um perfil exato, ter noção das suas competências no local de trabalho não passa uma imagem completa de sua inteligência emocional.
O desenvolvimento da inteligência emocional pessoal e profissional é o mesmo. Embora algumas competências (como a orientação para os resultados ou a consciência organizacional) possam ser mais exclusivas do campo profissional, os quatro aspectos da Inteligência Emocional a seguir são onipresentes em nossa vida em casa, no trabalho e em qualquer outro lugar:
Ao compreender a inteligência emocional em termos de nossas experiências enquanto pessoas (cônjuges, pais, amigos), e não apenas enquanto profissionais, podemos reconhecer, com mais facilidade, padrões em nosso comportamento e tomar medidas para melhorar tudo o que permeia nossos relacionamentos.
Artigo originalmente publicado no LinkedIn do autor e cedido ao Administradores.com.
Fonte: Administradores
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