O conceito de liderança vem experimentando várias transformações nos últimos anos, é o que aponta uma pesquisa realizada pela FIA Employee Experience (FEEx), que mostrou que as menções de gestores percebidos como educadores e inspiradores aumentaram 9% e 6%, respectivamente, em 2021, diante do ano anterior. O estudo teve como objetivo mostrar como 181.551 funcionários de 290 empresas observam a liderança e o clima organizacional.

Os líderes humanizados são percebidos como pessoas confiáveis em sua comunicação e relacionamento com a equipe de trabalho. Aqueles que estão à frente dos negócios e carregam atributos de um líder humanizado, interessado nas pessoas, contribuem, efetivamente, no crescimento profissional dos liderados e, deste modo, conquistam o respeito e a admiração dos colaboradores.

A nova geração de profissionais não tolera por muito tempo a gestão de líderes autoritários e rígidos na administração dos negócios, distantes das equipes e interessados apenas na execução das atividades. A pesquisa revelou que os chefes com estilo bloqueador, aqueles que mais impedem a retenção de talentos, foram menos citados, uma queda de 21% diante do ano anterior.

“Um líder humanizado inspira mais as pessoas, pois é um pouco mais vulnerável. Isso não significa que seja fraco. Pelo contrário, uma pessoa que tem uma clareza muito grande do seu objetivo, propósito e das coisas nas quais acredita, consegue estabelecer uma conexão muito mais profunda com os seus liderados através dos seus valores”, explica Liris Gonçalves, mentora de executivos que durante 30 anos esteve à frente da liderança de grandes empresas do mercado.

Para a especialista, antes de ser um líder, o gestor precisa ser protagonista da própria vida, tendo clareza dos objetivos e valores nos quais acredita. “Quando o líder consegue alinhar o coração com o cérebro para que as mãos executem, carregando esse alinhamento interno, inspira outras pessoas e engaja os outros nesta que deve ser a causa da própria empresa. Por isso a importância de que para você guiar alguém, antes precisa ser líder de você mesmo”, explica.

Fonte: Diário do Comércio