O medo é um sentimento intrínseco ao ser humano, está na natureza das pessoas. Ninguém supera um temor do dia para a noite. Mas, por meio de técnicas e treinamentos, é possível dominá-lo, fazendo com que ele deixe de atrapalhar o desenvolvimento pessoal.
O primeiro passo é querer, de fato, enfrentar esse desafio. Afinal, enquanto alguém está receoso, com medo de algo e sem saber qual é o próximo passo, o mundo continua girando e novas coisas estão acontecendo. Desta forma, é preciso agir para não perder oportunidades — especialmente na esfera profissional, que, cada vez mais, exige uma boa comunicação entre as pessoas.
A especialista em oratória e CEO do Clube da Fala, Laila Wajntraub, explica que o medo é um dos grandes desafios comunicacionais do século XXI, e que deixá-lo vencer essa batalha pode custar caro no final. “Atualmente, a habilidade mais valiosa no mundo profissional é o networking, não há como negar. É muito danoso deixar o medo invisibilizar as relações e impedir a criação dessas conexões tão importantes”.
Além do medo atrapalhar a troca de conhecimento, impedindo conversas e a criação de laços, ele também pode colocar toda a credibilidade do profissional em xeque. “O nervosismo em situações simples pode gerar desconfiança nas outras pessoas e não corresponder às expectativas geradas com as informações contidas no currículo. Para manter a credibilidade, a comunicação precisa ser dominada. Não há escapatória”, completa Laila.
Não existe nada mais frustrante do que não performar tudo aquilo que é capaz em uma entrevista ou reunião de trabalho, por exemplo. E, quase sempre que isso ocorre, o grande responsável é justamente o medo. “Se expressar de maneira clara, com um raciocínio lógico e contínuo é um dos maiores ativos que as empresas buscam em profissionais nos dias atuais”.
A CEO do Clube da Fala reforça que, no final das contas, o maior motivo para a superação do medo deve ser o desejo de agarrar as grandes oportunidades e que o medo é apenas mais um sentimento, assim como a felicidade, tristeza, amor, empatia e a raiva. “Basta não deixar ser tomado para manter a postura comunicacional”, finaliza ela.
*Laila A. Wajntraub é fundadora e CEO do Clube da Fala, fonoaudióloga, professora de oratória, com uma vasta experiência com a identificação da comunicação agressiva e também não-violenta.
Fonte:RH Portal