A palavra feedback pode ser entendida como o ato de dar retorno ou realimentar. O significado dessas três palavras e suas traduções, no universo das Startups são diferentes, tendo maior abrangência e peso, do que suas definições literais. Elas levam em seus significados mais responsabilidade, transparência e sinceridade.
Definições de segundo Oxford Languages:
Mentor: quem inspira, estimula, cria ou orienta (ideias, ações, projetos e realizações);
Advisor: no dialeto empresarial o termo advisor – que em inglês significa orientador, ou mentor;
Conselheiro: quem aconselha, orienta, dá direcionamentos a outrem; pessoa que, com formação e habilitações específicas, dá aconselhamento ou orientações estratégicas.
A hora de dar sua contribuição ao empreendedor é um momento delicado, existe uma alta expectativa de receber um conhecimento para um novo passo a ser dado.
Mas, afinal, como alinhar as expectativas nesse diálogo?
Essa é uma pergunta chave, mas antes de sentarmos com o empreendedor, devemos ter claro que ele busca respostas como: de qual forma melhorar os objetivos traçados e como validá-los, quais planos de melhorias deve desenvolver, como aumentar a produtividade de entrega da solução, como ser e atuar como líder e gestor da equipe?
Estar na posição de MENTOR, ADVISOR ou CONSELHEIRO de startup não é uma tarefa simples!
Ela exige equilíbrio na habilidade de escutar. É complexa, pois lida com o fator humano e atua no mais alto grau de expectativa de futuro aquele lugar onde poucos vão chegar. E esse empreendedor quer ser um deles.
Pode parecer óbvio, mas muitos líderes, executivos e ex-C Levels chegam para dar feedback aos empreendedores sem qualquer tipo de preparação, isso ao final vai causar uma grande frustração entre as partes.
Relaxe, o empreendedor sabe que você tem muito a contribuir e vai te dar várias chances de ajudá-lo mas, cabe a você, nesse momento, entender a chance que ele está lhe dando não só de conseguir levar para ele suas melhores experiências mas também habilidades, mas entenda antes que uma startup, agora SAMART ORGANIZATION, de longe é o mesmo modelo de corporação que você está acostumado a lidar.
Essas Smart Organizations, entendem e se posicionam na nova economia como operações disruptivas e aceleradas, e fortalecem a cada dia, esse novo contexto de mundo que vivemos.
Como você, executivo ou ex-executivo, vai lidar com isso, os soft skills que construiu ao longo de uma carreira?
Para matar essa charada, com sinceridade e profissionalismo, a autoavaliação é o primeiro passo. Como já constava em uma inscrição no templo de Apolo em Delfos, onde os gregos antigos iam buscar conselhos e presságios sobre o destino: Conhece-te a ti mesmo!
Aqui algumas dicas de como fazer isso rapidamente:
Ao identificar esses seus talentos (que não tem nada a ver com a idade) para apoiar esse processo de transformação, é importante identificar as organizações que serão apoiadas por você.
Caso seja marinheiro(a) de primeira viagem, existem vários hubs e núcleos de empreendedorismo e inovação que você pode se conectar para fazer parte.
Como desenvolvemos essa transformação em Smart Organizations?
Aqui algumas dicas, tranquilas e sem dramas!
Prepare-se antes: parece óbvio, mas muitos líderes chegam para dar orientações aos empreendedores sem qualquer tipo de preparação. Entenda bem o contexto do negócio e quem é o empreendedor, mantenha uma planilha e marque os pontos importantes a serem mencionados
Quebre o gelo antes: não vá de cara falando sobre as questões do negócio, crie o famoso rapport, tente criar um clima inicial favorável.
Apresente um resumo sobre a conversa: essa é uma conversa franca e que seu objetivo é falar de seus pontos fortes, pontos a melhorar, elogiar exemplos de onde ele foi bem (se houver) e de onde nem tão bem assim e determinar, ao final, como planejar a evolução dele na empresa.
Seja totalmente sincero e leal: por mais que seja doloroso para alguns apontar as falhas de pessoas com quem se relacionam, isso deve ser feito. Mas é claro que de uma forma sutil e que não deixe seu colaborador constrangido. Da mesma forma, reconhecer as virtudes do funcionário de forma adequada só pode fortalecer a relação de trabalho.
Cite exemplos reais de bom desempenho: reforce suas sugestões com exemplos concretos e dados, isso faz o empreendedor perceber que você se importa com o que ele faz, e se for um Advisor e/ou conselheiro, demonstra que o observa de perto.
Seja bom escutador antes de tudo: sempre escute antes de colocar suas questões na mesa, é nesse momento que o empreendedor se sentirá mais seguro para lhe apresentar o que o aflige além do negócio, porque nem tudo é negócio.
Seja um provocador: a melhor forma de estimular um empreendedor é perguntando, “provocando” o pensamento dele. Como ele está focado no desenvolvimento do produto, invariavelmente ele vai deixar passar alguns insights e/ou oportunidades, é aqui que você fará a diferença.
Plano de ação: muitos empreendedores não percebem que o principal objetivo do feedback é apontar soluções, não falhas ou culpados! Para isso, é preciso alinhar com ele quais as providências que precisam ser tomadas para que ele supere suas dificuldades em determinados pontos.
Tornar-se um MENTOR, ADVISOR ou CONSELHEIRO de uma Smart Organization, uma startup, é uma mudança de mindset pessoal e profissional, é abrir a mente para novos conceitos, e entendimento de mundo.
É saber lidar com ansiedade e empatia num mundo não linear, prestar atenção ao contexto e ser adaptável às mais diversas situações, mantendo sempre a transparência.
Fonte: Rh pra Você