Doze em cada 100 negócios da economia criativa no Brasil estão em Minas Gerais. São mais de 63 mil empresas, a grande maioria de micro e pequeno porte. O estado é o segundo do país em geração de empregos no setor, com mais de 457 mil pessoas ocupadas nas diversas atividades da economia criativa. Os dados são de um estudo inédito realizado pelo Observatório do P7 Criativo – Agência de Desenvolvimento da Indústria Criativa de Minas Gerais, divulgado nesta quinta-feira (25/10), em Belo Horizonte.
Em todo o Brasil, são 526.647 empresas que atuam na chamada economia criativa, considerada o quarto setor da economia tradicional. Ela abrange um extenso leque de negócios baseados no capital intelectual, na inovação e criatividade. Grande parte das produções do setor, inclusive, estão sob proteção do direito de propriedade intelectual.
O estudo do P7 Criativo se baseou na abordagem proposta pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), que distingue três tipos de criatividade: artística, científica e econômica. As atividades incluídas no levantamento mineiro se dividem em quatro grupos: Mídia, Cultura, Criações Funcionais e Tecnologia e Inovação.
Tanto no Brasil quanto em Minas Gerais, o grupo Cultura – que inclui atividades artísticas, de gestão do patrimônio cultural e gastronomia – lidera a geração de empregos na economia criativa, com 51 e 54% dos postos de trabalho no setor, respectivamente. O grupo Criações Funcionais, que abrange os segmentos de arquitetura, publicidade, design, moda e fabricação de móveis, aparece em segundo lugar no total de empregos no setor. A proporção é de 28,4%, no Brasil, e de 30,3% em Minas Gerais.
Apesar de aparecerem na terceira posição no ranking de geração de empregos na economia criativa nacional, as empresas do grupo de Tecnologia e Inovação são as que melhor remuneram seus profissionais. Para se ter uma ideia, o salário médio pago pelo setor no Brasil, em 2016, era de cerca de R$ 5,1 mil. Em Minas Gerais, o salário médio do setor era próximo de R$ 4,3 mil.
As mulheres são maioria entre os trabalhadores da economia criativa no Brasil (50,02%) e em Minas Gerais (52,5%). Mas não há novidade nesse setor em relação ao quadro nacional: a média salarial delas é menor que a dos homens em todos os grupos pesquisados, inclusive nos de Cultura e Criações Funcionais, nos quais há predominância da participação feminina.
Fonte: Administradores
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