As vendas nos supermercados de Minas apresentaram em agosto a segunda alta consecutiva. Segundo o termômetro de vendas divulgado ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis), houve alta de 0,95% em agosto no comparativo com julho. O crescimento foi bem mais acentuado na relação agosto 2018/agosto 2017, chegando a 3,59%. Já o avanço no acumulado do ano atingiu 2,73%.
Segundo o superintendente da Amis, Antônio Claret, com esses resultados, fica mantida a expectativa de se alcançar ou ultrapassar o projetado para o ano, que é aumento de 2,80% nas vendas do setor. Ele explica que, até o momento, o resultado do acumulado do ano está 1% acima do registrado em igual período em 2017, cujo índice foi de 1,82% até agosto.
O crescimento acentuado de agosto deste ano em relação ao mês do exercício anterior é atribuída à liberação do PIS/Pasep. “Qualquer receita nova no bolso do consumidor aparece nos caixas do supermercado”, comenta Claret. A melhora de agosto frente a julho foi considerada “natural”, ou seja, dentro do esperado.
Outro fator que vem ajudando no desempenho positivo do setor supermercadista é a estabilidade no preço da cesta básica. Em agosto de 2017, o valor da cesta básica em Belo Horizonte era de R$ 378,80, enquanto em agosto deste ano o valor foi de R$ 372,14.
Claret explica que, com os preços estáveis, aumenta o poder de compra do consumidor, que conta com um tanto a mais para reforçar o básico ou comprar outros produtos.
A alta nas vendas registrada em agosto frente ao mês anterior foi puxada principalmente pela região Central, que teve elevação de 2,07%. Em julho, os resultados dos supermercados dessa região avançaram apenas 0,75%, o que foi atribuído ao período de férias, quando muitas pessoas viajam. Após o retorno ao trabalho e às aulas, os resultados foram melhores. Outras regiões que tiveram desempenho positivo foram Zona da Mata (1,23%); Sul (0,89%); Triângulo (0,76%); e Rio Doce (0,55%).
Já a região Centro-Oeste apresentou o pior desempenho, com queda de 1,61% nas vendas. Segundo Claret, esse resultado faz com que a região mereça uma atenção especial. “Vamos esperar um pouco mais para termos clareza do que está ocorrendo na região”, disse. A região Norte registrou retração de 0,44%, variação considerada dentro da normalidade.
Fonte: Diário do Comércio
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