Dados divulgados pela Ebit, referência em informações sobre o varejo eletrônico brasileiro, mostram que em 2016 o comércio virtual faturou mais de R$ 44 bilhões, o que representa um crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior. A pesquisa também mostrou que Minas Gerais foi responsável por movimentar R$ 4,8 bilhões, o que representa 10,8% do total nacional. A perspectiva é de que o mercado feche 2017 com uma movimentação de mais de R$ 50 bilhões, um aumento de 12% em relação a 2016.
Sócio do magazine virtual ObaBox e diretor da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm-MG), Leonardo David é um dos precursores do e-commerce em Minas. O negócio aberto em 2004, em Belo Horizonte, comercializa artigos eletrônicos, de beleza e saúde, informática, utilidades domésticas e brinquedos, a maioria importados, e vem registrando média de crescimento anual de 30%. “Atendemos em 13 anos mais de um milhão de clientes”, comemora David. Ele destaca que a loja está entre as três maiores varejistas ‘ponto.com’ do País.
A ObaBox, que tem sede no bairro Buritis e centro de distribuição (CD) de 700 metros quadrados no Salgado Filho, ambos na região Oeste, fechará o ano com receita de R$ 20 milhões. “A projeção de crescimento para 2018 é de 50%”, revela o empresário, que estima faturar R$ 35 milhões em venda no ano que vem. Ele também antecipa que, em 2019, o magazine virtual ganhará rede de loja fixa, em modelo de showroom. Mas os pedidos serão feitos por aplicativo ou internet.
Hora certa – Para mostrar que é possível, o diretor da ABComm-MG ressalta o momento oportuno para varejistas apostaram no ecommerce e explica alguns aspectos que devem ser levados em conta na hora de abrir um e-commerce. A começar pelo estoque que, segundo ele, precisa ser separado da loja física, para evitar contratempos, como o de ter o produto disponível no site no ato da compra e não tê-lo na hora da entrega ao cliente.
Uma boa estrutura de atendimento telefônico também é importante, assim como espaço para armazenagem dos produtos e cuidado com as embalagens. Segundo David, os produtos devem ser bem-acondicionados para chegar sem nenhuma avaria nas mãos do consumidor. “Nesse caso, deve-se evitar a logística reversa porque pode inviabilizar a margem de lucro do pedido”, observa.
A entrega é outro ponto destacado pelo empresário. “Hoje, os Correios são a principal operadora logística do e-commerce. Mas já estão surgindo outras opções com sistema de preço por faixa de CEP e peso e que ainda indicam qual é a melhor transportadora. Também há empresas aéreas com preços cada vez mais acessíveis e que, de acordo com volume de remessa, estabelecem os preços da entrega”, explica.
Entre as estratégias e canais disponibilizados no comércio on-line, para pequenos e médios sellers (vendedores), David cita as vendas por meio de marketplaces, que captam o pedido, recebem o pagamento e repassam o valor ao varejista, além das vendas por meio de influenciadores digitais (blogueiros, youturbers, perfis de Instagram e Facebook) e shoppings virtuais.
Fonte: Diário do Comércio