Pelo segundo mês consecutivo, assim como no País, Minas Gerais registrou saldo positivo na geração de empregos formais. Ao todo, o superávit estadual de fevereiro foi de 7,2 mil vagas. No acumulado do primeiro bimestre, o Estado gerou 16,1 mil postos de trabalho, já descontando as demissões do período, praticamente 77% a mais do que nos mesmos meses de 2017, quando o saldo foi de 9,1 mil empregos.
No Estado, os setores que mais alavancaram o saldo do emprego formal nos dois primeiros meses deste ano foram a indústria da transformação e o setor de serviços. Por outro lado, o comércio de Minas foi o único segmento que cortou postos de trabalho no período. Os dados foram divulgados na sexta-feira, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Ao longo do primeiro bimestre, ao todo, foram admitidas 276,4 mil pessoas em todo o Estado contra 260,3 mil demissões, gerando um saldo de 16,1 mil postos de trabalho. Só na indústria de transformação, foram geradas 9,7 mil vagas, já descontando as demissões do intervalo. No mesmo período de 2017, o setor havia gerado 7,9 mil empregos, 18,6% menos que neste ano.
Dentro da indústria da transformação, os fabricantes de calçados e o parque metalúrgico foram os segmentos que mais contribuíram para a geração de empregos pelo setor produtivo, com saldos de 2,9 mil e 1,9 mil vagas de empregos formais nos dois primeiros meses de 2018.
Com base nos dados do Caged, no primeiro bimestre, a indústria extrativa, importante para a economia estadual, admitiu 1,8 mil pessoas e demitiu 1,7 mil trabalhadores, o que gerou um saldo positivo de 163 vagas de emprego formal. O superávit de vagas da atividade ficou 81,2% abaixo do registrado nos mesmos meses de 2017, quando o segmento gerou 868 mil postos de trabalho.
Construção – Até mesmo a construção civil gerou empregos em Minas no primeiro bimestre. No período, o saldo do segmento ficou positivo em 3,7 mil vagas. Em iguais meses de 2017, foram eliminadas 98 vagas formais pelo setor dentro do Estado, conforme o Caged. A agropecuária terminou o bimestre com um saldo positivo de 897 empregos formais contra um saldo de 2 mil vagas no mesmo período de 2017, queda de 55,2%.
A exceção em Minas foi o comércio. O setor registrou saldo negativo de 8,4 mil vagas, com a admissão de 60,4 mil pessoas e demissão de 68,9 mil trabalhadores no primeiro bimestre. Ainda assim, o resultado foi inferior aos dos mesmos meses de 2017, que registraram a eliminação de 9,1 mil vagas.
No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano, o Estado gerou 28,5 mil vagas de emprego formal, já descontando as demissões. No período anterior, até fevereiro de 2017, Minas registrou a extinção de 91,5 mil postos de trabalhos.
Fonte: Diário do Comércio