Fundos passivos que seguem o índice terão que se movimentar para acompanhar as alterações
O Morgan Stanley Capital Internacional (MSCI) anunciou na terça-feira (12) o rebalanceamento semi-anual que ocorrerá em 1º de junho nos seus índices. A alteração mais relevante para os investidores brasileiros é a que ocorrerá no MSCI Emerging Markets.
Haverá 12 mudanças entre papéis de empresas da América Latina, com quatro adições e oito exclusões. Com as alterações, ativos do Brasil passam a ser 59% do índice latino-americano, diante de 25% do México, 8% do Chile, 4% do Peru, 3% da Colômbia e apenas 1% da Argentina, conforme apontam os analistas Pablo Ordóñez e Alejandro Fuchs, do Itaú BBA.
O Brasil perderá uma ação, a Embraer (EMBR3), e ganhará duas no lugar: CPFL (CPFE3) e Copel (CPLE6). Isso gera uma oportunidade de investimento muito interessante, uma vez que os índices MSCI são utilizados como referência para diversos fundos passivos de investimento ao redor do mundo.
Na prática, isso quer dizer que quando a composição da carteira de um índice MSCI muda, os fundos que o seguem precisam comprar ou vender ações para se adequar.
Por causa dessa mudança de novembro, fundos passivos nacionais e internacionais que têm o MSCI como referência precisarão vender ações da Embraer e comprar papéis de CPFL e Copel. Como esses fundos movimentam muito dinheiro, haverá pressão compradora nas ações que entram no índice e vendedora nas que saem. Especialmente no dia 29 de maio, quando as mudanças terão efeito.
Segundo a equipe de análise do Morgan Stanley, a quantidade vendida das ações EMBR3 equivale ao volume de 0,9 dia de negociação. Já a compra de CPFE3 corresponderá ao volume total médio negociado da ação em dois pregões. Por fim, as compras totais de CPLE6 no rebalanceamento equivalem a 1,3 dia de negociação.
Fonte: Infomoney
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