Vivemos em um mundo globalizado que avança sem fronteiras, derrubando paradigmas, onde as organizações são o palco das transformações tecnológicas que influenciam os profissionais, conferindo a eles novos conceitos, ideologias e responsabilidades, além das influências ditadas pelas necessidades e pelas constantes mudanças do mercado.
Sabemos que os profissionais de Recursos Humanos sempre seguiram um padrão, por vezes, previsível, na condução dos processos de Recrutamento e Seleção. Algumas organizações com equipes de profissionais à frente de outras, com processos mais aprimorados e seguindo tendências, outras, no entanto, cumprindo a regra ou sendo influenciadas pelas demais. O fato é, independente de ser uma grande ou pequena organização, de ter uma equipe altamente qualificada ou apenas uma equipe de Recursos Humanos envolvida nos processos de recrutamento e seleção, todas, sem exceções, sempre tiveram como foco as competências técnicas e comportamentais dos profissionais disponíveis no mercado de trabalho, visando atender as expectativas desejadas para o preenchimento das vagas.
A Gestão de Pessoas moderna ainda segue a linha mercadológica tradicional, influenciada pelas necessidades das empresas que rapidamente necessitam adaptar-se ao mundo globalizado, como paradigma, buscam nos profissionais que serão recrutados uma compatibilidade e alinhamento com a cultura da organização.
É notório o grande investimento na área, com novas tecnologias que possibilitam ao profissional de Recursos Humanos usufruir de inúmeras ferramentas modernas, facilitando e agilizando os processos, bem como possibilitam aprimorar e garantir o sucesso da seleção, recrutar os melhores profissionais para composição das equipes e reduzir os custos com as seleções. O ganho é recíproco, a Gestão de Pessoas tem se projetado como uma das profissões que mais avançou em termos de desenvolvimento de competências e planejamento estratégico nas organizações.
Este é o presente, uma equipe de profissionais comprometidos e alinhados com os anseios das organizações em que prestam seus serviços, que aprimoram suas competências em razão da melhor Gestão de Pessoas, com um olhar moderno e, ao mesmo tempo, responsável, sem deixar de lado os desafios impostos, como as dificuldades do mercado em fornecer profissionais altamente qualificados para o desenvolvimento das competências, habilidades e atitudes exigidas, com empresas cada vez mais tecnológicas e exigentes no tocante ao comprometimento dos profissionais selecionados, totalmente engajadas em diversas temáticas e com foco na produtividade, qualidade e lucratividade dos negócios. Este presente é o oposto do passado da área de Recursos Humanos que transformou-se, deixou de ser um simples Departamento de Pessoas para se tornar um dos grandes motivos do sucesso das organizações, recebendo grandes investimentos e um olhar diferenciado pelas empresas, exemplo claro de um novo mindset (configuração de mente), cuja tendência é aperfeiçoar-se ainda mais ao longo desse presente.
Mas e o futuro? Como será a configuração da nova Gestão de Pessoas e, principalmente, do novo Processo de Recrutamento e Seleção dos profissionais do futuro? Quais desafios ainda devem ser superados? Como esses profissionais de RH e as empresas estão se preparando para o mercado futuro? E o mercado, quais as novas configurações poderão surgir e quais as expectativas para as mudanças, os novos paradigmas e a influência do mundo globalizado sobre as novas gerações?
O fato é, apesar da grande revolução na área de Gestão de Pessoas nas últimas décadas, o que podemos perceber de novo e concreto são as inovações tecnológicas nos processos e nas ferramentas utilizadas. O currículo ainda não deixou de ser o primeiro passo para o recrutador avaliar o perfil dos profissionais que buscam o mercado de trabalho e, independente de ser eletrônico ou físico, continuam sendo o cartão de visita desses profissionais. O sucesso das redes sociais já é notório na busca por novos talentos, apesar de controverso quanto à exposição do candidato e das informações nelas contidas, o que podem influenciar o recrutador despreparado. As seleções internas configuram uma margem de tranquilidade para a área de recursos humanos, mesmo assim, ainda é um desafio a exclusão de um profissional externo com melhor perfil e que possa contribuir para os negócios da empresa.
O mercado evoluiu e forçou os profissionais a evoluírem juntos. Grandes empresas praticam a nova Gestão de Pessoas valorizando novos talentos, priorizando a capacidade intelectual, a inovação e o empreender. As empresas e a nova Gestão de Pessoas objetivam romper com a velha relação de trabalho e avançam numa nova relação, principalmente no tocante a área de Recrutamento e Seleção, uma das partes essenciais da área de Recursos Humanos. O avanço da internet possibilitou mudanças de comportamento entre o entrevistador e o entrevistado. Os candidatos passaram a se apresentar para os processos seletivos munidos de muitas informações, estando mais bem preparados para as disputas das vagas, forçando as empresas a promoverem processos mais inovadores e dinâmicos.
O RH Estratégico é fruto do comportamento das empresas que investem na boa pratica de Recursos Humanos. Ao incorporar atividades estratégicas no cotidiano das organizações, gera a oportunidade de otimizar a produção, vislumbrar o aumento do lucro da empresa e poder reduzir despesas provenientes da falha humana.
O futuro vislumbra a estratégia e abdica da operacionalidade, reconhecendo o gerenciamento da informação como fator importante para as tomadas de decisões e os impactos na área. O investimento em headhunters (caçadores de talentos), com todo o know-how (conhecimento) necessário para localizar profissionais ideais para empresas, alinham-se às necessidades estratégicas dos profissionais de RH. O futuro é presente e já utiliza a inteligência artificial nos processos de Recrutamento e Seleção, um grande avanço, além de plataformas eficazes de testes e triagens de candidatos, conferências por vídeo, Job description (descrição do cargo) em formato de vídeo e mais atraente, garantido que a organização também possa ser escolhida pelos candidatos e, por fim, a automatização dos processos de Recrutamento e Seleção.
O futuro da Gestão de Recursos Humanos e, consequentemente, do Recrutamento e Seleção, sem dúvidas será pela Gestão de Planejamento Estratégico, pela Gestão da Tecnologia da Comunicação e pela Gestão da Inovação, aliado a políticas empreendedoras e aos resultados previamente testados e avaliados pela equipe de Recursos Humanos. Atrair, triar, selecionar e proceder a contratação dos profissionais do futuro continuarão seguindo os conceitos fundamentais da área de Gestão de Pessoas, bem como os conhecimentos específicos e os dados científicos que contribuem para a formação e implementação das ações dos profissionais da área de RH que, cada vez mais, serão desafiados a construir processos eficientes e eficazes com foco nas futuras contratações e na seleção dos melhores candidatos que se apresentarem para as vagas oportunizadas.
Por: Diomario José de Deus Filho
Fonte: Portal RH
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