O mundo dos dados vem sofrendo uma grande transformação nos últimos anos e essa mudança diz respeito principalmente à quantidade, variedade e formato de informações com que temos que lidar. Há algum tempo era suficiente para uma empresa processar seus próprios dados e obter o que era necessário para a sua tomada de decisão, porém atualmente esse panorama mudou drasticamente.
As empresas querem descobrir novas relações e combiná-las com muitos outros dados que não estão em seus grandes bancos estruturados, como, por exemplo, os hábitos de consumo ou acontecimentos recentes na vida de seu cliente. Essas informações estão em posts de redes sociais, blogs e outras fontes externas e são gerados pela facilidade de utilização da Internet, proporcionada principalmente pelo uso crescente de dispositivos móveis, como tablets e smartphones.
Essa mudança de paradigma na forma como lidamos com dados trouxe também novas exigências para os profissionais que já estão ou que ainda entrarão no mercado de trabalho. O candidato a preencher a lacuna criada por essa nova necessidade precisará apresentar um perfil com algumas características que não eram muito exigidas anteriormente. Esse novo perfil engloba:
Proatividade: uma empresa que contrata alguém para lidar com grandes bases de dados não sabe exatamente qual a informação está procurando e nem o que pode ser extraído. É necessário que o profissional que se dispõe a lidar com esse novo paradigma tenha a iniciativa de se antecipar e descobrir quais dados são esses, onde eles estão e trazê-los à tona para que se transformem em informação útil.
Criatividade e Inovação: não basta o profissional seguir scripts prontos e fazer o que todo mundo já faz. É necessário criar, inovar e ir além dos concorrentes propondo soluções que ainda não foram implementadas e que possam trazer vantagem competitiva para as organizações. Conseguir realizar cruzamentos de dados que ninguém pensou e encontrar a informação mais escondida é capacidade rara e que trazem um grande diferencial para o profissional que se habilita a viver o mundo dos dados.
Comunicação: o profissional lida com diversos setores e interesses de uma organização e isso exige uma grande capacidade de comunicação para entender as demandas de cada um dos interessados. Essa comunicação pode envolver também as discussões com sua própria equipe de desenvolvimento, com o objetivo de estruturar e definir as melhores estratégias.
Conhecimento tecnológico: proatividade, criatividade e comunicação não são suficientes se o profissional não possuir conhecimento das principais ferramentas. É preciso atualização constante, pois a cada dia novas tecnologias surgem para facilitar o trabalho. Manter-se atualizado exige um grande esforço e dedicação e isso é um dos atalhos para o sucesso.
É preciso estar preparado e atualizado para satisfazer o enorme apetite das empresas por resultados. Eles envolvem diversas questões, tais como: aumento de lucros, redução de custos e desperdícios, otimização e recomendação de aplicação de recursos e estratégias, etc. Surpreenda e encante todos os seus clientes com suas análises e descobertas.
Por João Paulo B. Nascimento – Coordenador do curso de Pós-graduação em Big Data no Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação.
Fonte: Mundo RH
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