Na interpretação Contábil e Societária, o Passivo de uma empresa corresponde ao somatório de suas dívidas perante terceiros. As dívidas com vencimento até o final do exercício seguinte, enquadram-se no subgrupo chamado “Passivo Circulante”. Já aquelas que vencem após o final do exercício seguinte, são classificadas no subgrupo Passivo Não Circulante.
Como regra geral, o passivo tem sua origem nas operações da empresa, seja, por exemplos, compra a prazo de mercadorias, empréstimos bancários, salários a pagar, tributos e contribuições a pagar. No entanto, é necessário buscar as origens das dívidas, de modo confirmá-las, a reduzi-las ou, até mesmo, eliminá-las.
A empresa ter dívidas não representa, necessariamente, um fator negativo. Comprar mercadorias, matérias primas a prazo, poderá ser uma boa política, considerando o fluxo de caixa da empresa. Uma indústria adquirir uma máquina para seu setor produtivo a longo prazo poderá ser a melhor atitude, para não comprometer o pagamento de dívidas de curto prazo, tais como salários, tributos e contribuições, entre outras.
Há, ainda, algumas considerações de grande importância a serem feitas. Uma delas diz respeito ao sincronismo que deve haver entre prazos de recebimento e de pagamento. Se a empresa tiver, por exemplo, como regra conceder 30 (trinta) dias para seus clientes lhe pagarem, mas, no entanto, seus Fornecedores lhe concedem no máximo 20 (vinte) dias. Criou-se um impasse.
Isso poderá demandar a necessidade da empresa buscar antecipação de recebíveis em bancos ou, até mesmo, em empresas de factoring. Cabe salientar que, em muitos casos, o custo financeiro dessas antecipações não foi incluído no preço de venda das mercadorias ou serviços. Poderemos ter, nesse caso, uma redução dos lucros ou até mesmo, não existirem.
É imperioso comentar que, poderão haver débitos não contabilizados por não estarem ainda confirmados, e terem caráter de provisão. Podemos citar “ações trabalhistas”, discussões judiciais tributárias, entre outras). É recomendável o reconhecimento desses valores como “Provisões”. É o que se chama na linguagem contábil de “Passivo Contingente”.
Por fim, podemos dizer que, da melhor gestão de seu passivo, poderá depender a sobrevivência da empresa.
Fonte: Administradores