Confira três dicas para ser um líder melhor e mais inclusivo. Os benefícios disso vão além dos corporativos
A ciência consegue explicar quase tudo. Segundo um estudo, um líder mais assertivo é aquele capaz de “fazer um grupo de pessoas trabalhar bem em conjunto e alcançar bons resultados” e não uma pessoa com determinadas características que o fizeram chegar nessa posição. Para esse grupo de cientista, a liderança é a habilidade de influenciar as pessoas para que elas deixem de lado o egoísmo e sejam capazes de trabalhar como um coletivo — seja em uma empresa, em um país ou até mesmo dentro de casa.
O líder, segundo a pesquisa, deve ter quatro competências bastante apuradas, sendo elas a capacidade de ser intrapessoal, ou seja, de ser capaz de controlar sentimentos, ser ético, paciente e ter estabilidade emocional; a interpersonalidade, que consiste em manter e construir boas relações e ser bom em atividades sociais; a capacidade de negócios, de planejar, entender as questões financeiras da empresa e, por fim, a liderança em si, que, de acordo com os cientistas, é a capacidade de influenciar e de, principalmente, gerir a diversidade.
A primeira delas é o treinamento da liderança, buscando desenvolver competências como curiosidade, humildade, empatia, altruísmo e integridade — as chamadas soft skills. Essa é uma responsabilidade das empresas que, mais do que promover as pessoas, devem se preocupar com a forma que os gerentes se apresentam. Para liderar um time e criar um ambiente inclusivo, as soft skills são essenciais.
Outro ponto é sempre buscar feedbacks da equipe. Caso você tenha um cargo de liderança e ainda não tenha as competências citadas acima bem desenvolvidas, você tem uma chance de fazê-lo. Uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou que a melhor forma de desenvolver as competências é entender sua personalidade e quais são seus principais defeitos e entender como seus pares e funcionários te enxergam. Nesse caso, a visão dos outros vale (e muito). Vale também investir em feedbacks 360, prática na qual tanto os líderes quanto os liderados são encorajados a falar sobre os lados positivos e negativos do trabalho dos outros. Até mesmo um treinamento fora da empresa, como coaching, por exemplo, pode ajudar no desenvolvimento.
A terceira e última dica é usar a cultura da empresa para reforçar a inclusão. Além de treinar as pessoas que chegam no topo, é preciso também premiar quem é capaz de fazer a equipe ter bons resultados. Por isso é importante ter as metas da empresa bem claras para todos os funcionários.
Segundo a consultoria McKinsey, empresas com diversidade étnico-racial lucram até 36% mais do que as que não têm esse perfil. Para isso, é preciso envolver os funcionários por meio de indicações, eventos e comunicação.
No fim das contas, a diversidade não é só benéfica para a sociedade — as companhias também têm muito a ganhar.
Fonte: Exame