Em muitos setores e países, as ocupações ou especialidades mais procuradas não existiam há cinco ou dez anos e o ritmo da mudança deve acelerar. A previsão é que 65% das crianças que entram na escola primária hoje irão trabalhar em cargos que ainda não existem, revela relatório do Fórum Econômico Mundial 2018. O fim do trabalho para toda a vida, a evolução da Internet e das mídias sociais significam que hoje a escolha dos caminhos profissionais está em nossas mãos.
Diante desse quadro, é preciso chamar sua atenção para a oportunidade de crescimento de uma pessoa temporariamente desempregada. Você deve estar se perguntando: “mas é possível”? Vou mostrar que sim!
No início, o desespero promove uma espécie de bloqueio da nossa capacidade de mudança e inibe a ampliação da nossa percepção. O exercício é sair da condição de vítima e assumir a posição de líder da própria história. O que você vai escolher: esperar o mercado se recuperar ou se mostrar um profissional estratégico para as empresas?
Não existe solução pronta. Mas existe um recurso rico que poderá ser utilizado em muitas situações: seus sentimentos. Se você souber utilizá-los, certamente irá se surpreender. Eles auxiliam a ampliar a percepção, enxergar novas possibilidades, além de fortalecer competências para enfrentar desafios pessoais e profissionais.
Gostaria de fazer um convite: cultive a esperança. Costumamos dar um significado paralisante e estagnado para esse sentimento, mas quero que você conheça a concepção defendida pela pesquisadora C. R. Snyder, da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos. Para ela, a esperança é uma forma de pensar ou um processo cognitivo muito útil para nos colocar em ação e se manifesta em três circunstâncias.
A primeira é quando possuímos a habilidade de estabelecer objetivos realistas (sabemos onde queremos chegar). A segunda é no momento em que somos capazes de planejar como atingir esses objetivos, o que inclui a capacidade de sermos flexíveis e desenvolvermos rotas alternativas (sabemos como chegar lá, somos persistente, podemos nos decepcionar e tentar novamente). E a terceiro e última é quando acreditamos em nós mesmos (podemos fazer isso!).
Como você pode perceber, a esperança é uma combinação da capacidade de estabelecer objetivos com a tenacidade e a perseverança de trabalhar as nossas habilidades para alcançá-los. E mais, com a esperança se aprende permanentemente. Snyder sugere que podemos aprender a pensar de modo esperançoso sobre os nossos objetivos, sejam eles quais forem.
Então, se você está passando por um momento difícil profissionalmente, amplie sua percepção para explorar as oportunidades disponíveis, aguce os seus sentidos e sentimentos, substitua o desespero pelo cultivo diário da esperança e vá em frente!
Fonte: Mundo RH
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