Para o professor de MBA da FGV, Luciano Salamacha, a paciência é fundamental para o mercado corporativo. Representa a tolerância com os erros dos outros e o próprio, o autocontrole, a resiliência, a concentração, o foco, a educação e, principalmente, a humildade que é fundamental na vida e no trabalho.
Salamacha, que é consultor de empresas, lembra que não somos máquinas e que nossa disposição muda conforme o dia, ora mais pacientes, ora menos. Falta de dinheiro, de saúde, a política, a família tudo isso pode afetar esse termômetro que mede a paciência. E essa área, tão sensível para algumas pessoas, pode mudar simplesmente com uma fechada no trânsito logo pela manhã e se prolongar pelo dia inteiro.
Não há dúvidas que paciência é uma grande virtude, mas e em excesso?
Salamacha adverte que paciência demais também não é um fator positivo de um profissional. Não se pode confundir paciência com passividade. Salamacha diz que não se pode, em nome da paciência, perder o “tempo certo” da cobrança de um resultado, ou da entrega de um relatório, ou da falta de envolvimento num projeto. Pessoas extremamente pacientes são tão nocivas quanto as impacientes. Enquanto a primeira não faz as coisas acontecerem, a segunda atropela os fatos e pessoas. O ideal está no equilíbrio.
Como saber se nossa paciência está equalizada nas relações com os superiores na empresa? O professor Luciano Salamacha orienta que sempre é bom ter conhecimento sobre o que o chefe imediato pensa sobre nós. Uma conversa franca pode abrir horizontes para nossa carreira, mas Salamacha avisa “tenha paciência para ouvir críticas”.
O professor e gestor de carreiras dá 10 conselhos para manter a paciência:
O professor ainda recomenda que ao traçar uma meta para o crescimento na carreira, tenha sempre em mente que a paciência é fundamental para chegar onde se deseja. Para Salamacha não há dúvidas: “as melhores decisões são tomadas com paciência”.
Fonte: Administradores