Conhecer como funciona a estrutura e a implementação de um programa do tipo favorece sua adaptabilidade no mercado.
O mercado de trabalho torna-se mais competitivo a cada ano: segundo um levantamento realizado pela consultoria IDados, 40% dos jovens com diploma de curso superior trabalham em áreas em que este não é exigido. Há vários casos de sucesso também de empreendedores que nunca chegaram a cursar uma universidade e hoje faturam milhões. Sendo assim, é possível dizer que uma habilidade ou certificação pode garantir empregabilidade e sucesso profissional.
Uma tendência que ficou evidente na seleção de colaboradores para startups – e hoje já se expande para empresas tradicionais – é a preferência por habilidades comportamentais, as famosas soft skills. Isso não significa que o diploma de curso superior e língua inglesa não sejam importantes, mas o que vai contribuir, de fato, para o crescimento de uma empresa é o investimento em competências que não podem ser ensinadas, como empatia, criatividade, inteligência emocional e senso coletivo.
Garantir que as soft skills sejam valorizadas dentro de uma empresa não depende apenas do departamento de Recursos Humanos. O investimento na cultura da instituição e em políticas de compliance será visto como um aliado para o desenvolvimento organizacional.
Mais do que apenas contar com o compliance para mudar a cultura de uma empresa, as habilidades que um compliance officer tem são as que todos os profissionais deveriam ter: resiliência, diplomacia, boa comunicação, persuasão, visão estratégica e ser um embaixador da cultura da empresa.
Ter noções básicas de compliance é uma habilidade que todos aqueles que almejam trabalhar em grandes organizações deveriam ter, ainda que não busquem trabalhar diretamente com o assunto. Conhecer como funciona a estrutura e a implementação de um programa de compliance só irá ajudar o profissional a ser mais adaptável às empresas que ele integrará em sua carreira.
O compliance se tornou imprescindível para as empresas, não apenas por conta da Lei Anticorrupção, mas porque há uma demanda por parte do mercado consumidor e dos investidores de que a empresa “ande na linha”. A tendência para o futuro é que a tecnologia integre cada vez mais os setores de compliance para auxiliar processos de tomada de decisão e organização.
* Eduardo Tardelli