O Brasil tem mais de meio milhão de profissionais de Contabilidade. Pelo menos 65,8% têm curso superior na área, outros 34,2%, têm o curso técnico, segundo Fundação Brasileira de Contabilidade. A profissão mudou tanto em dez anos que voltou a ocupar um lugar entre as dez carreiras mais procuradas entre os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A remuneração varia, mas a média do Paraná está em torno dos R$4 mil. Segundo Marcelo Ferrari, que divide o escritório de contabilidade com o sócio, Marcelo Scomparin, a tecnologia está entre os fatores que ajudaram a impulsionar a carreira, mas não foi o único. As notas fiscais e a tributação eletrônicas tornaram a fiscalização mais efetiva, então há menos margem de erro. “O contador é um parceiro do empresário e a função vai além das questões orçamentária ou do pagamento de impostos. O mercado empresarial também está mais concorrido, por isso é ainda mais importante ter total controle de custos, ajustá-los e planejar o orçamento”, arma.
Os clientes de hoje querem mais que controle, querem ajuda para crescer. A consultoria financeira e contábil mostra onde as coisas estão funcionando, de onde vem o dinheiro e se é hora de investir. Os contadores ainda aproximam o micro e pequeno empresário do mundo das finanças para que ele possa visualizar outros fatores que afetam seus negócios. “Hoje o contador estuda o segmento do cliente e oferece mais segurança na consultoria. A nossa satisfação é estar ao lado da pessoa enquanto ela prospera. O micronegócio se transforma numa pequena empresa, a empresa numa maior e assim por diante”, acrescenta. Ferrari e o sócio participam de eventos em grandes centros sobre mentoria, contabilidade online e outras inovações. O mercado local ainda não comporta tudo, mas as novas gerações estão mais abertas às novidades. As notas eletrônicas e declarações online da contabilidade ‘sem papel’, já fazem parte do cotidiano das empresas e vem muito mais por aí.
Por: Juliana Fontanella
Fonte: Fenacon