Dentro das empresas, o RH pode oferecer vários benefícios, como seguro de vida, apoio psicológico e incentivo à prática de atividades físicas
Nos últimos tempos, a conversa sobre wellbeing — a combinação de estar bem física, mental e emocionalmente — virou prioridade em todos os lugares, tanto na vida pessoal quanto no trabalho. Mas, quando olhamos para as estratégias de fidelização das empresas, o bem-estar não é só uma modinha para cuidar de funcionários e clientes. É uma tremenda ferramenta para as empresas criarem diferenciais em relação aos concorrentes, além de promoverem um ambiente acolhedor, com mais produtividade, menos turnover e menor perda de clientes.
Agora, você pode estar se perguntando: qual a diferença entre wellbeing e wellness? Os dois termos podem ser traduzidos como “qualidade de vida” e “bem-estar”, e muita gente os usa como se fossem a mesma coisa. Só que wellbeing (qualidade de vida) é mais amplo, englobando tudo na vida de uma pessoa: físico, mental, emocional, social e até financeiro e ambiental. Já o wellness está mais focado no bem-estar físico e em manter um estilo de vida saudável.
Mesmo que ainda não seja tão falado, o wellbeing é uma tendência global que está ganhando força. Existe uma correlação direta entre sentir-se bem física, mental e financeiramente. Todo mundo está mais consciente, se exercitando mais, comendo melhor, se informando e cuidando da saúde mental. Por exemplo, a última pesquisa do Vigitel, do Ministério da Saúde, mostra que 54% dos 34,8 milhões de brasileiros das capitais praticam atividade física regularmente. Outros dados do Relatório Covitel — pesquisa sobre hábitos de saúde dos brasileiros — mostram que a vida noturna começa a mudar na geração Z (nascidos de 1995 a 2010), e que a parcela de jovens de 18 a 24 anos que bebem álcool três ou mais vezes por semana caiu de 11% para 8,1% da pré-pandemia para cá.
Os clubes de corrida estão super em alta e são ótimos para fazer novas amizades — e até para namorar. E todo mundo já sabe que boas relações sociais também ajudam na saúde física e mental.
Dentro das empresas, o RH pode oferecer vários benefícios, como seguro de vida, apoio psicológico e incentivo à prática de atividades físicas. No fim do dia, isso cria um ciclo positivo que melhora o clima, a qualidade de vida e a produtividade do pessoal.
Quando a empresa leva o wellbeing para o relacionamento com os clientes, há inúmeras vantagens, como impactos comprovados nas taxas de recomendação (NPS – Net Promoter Score) e menos cancelamentos do produto ou serviço principal. Mas também há desafios importantes, como coletar dados dos usuários para personalizar a experiência e mantê-los motivados.
A tecnologia e o alinhamento da liderança são aliados fundamentais dessa cultura do engajamento. Ao integrar a qualidade de vida de forma estratégica, as empresas podem criar uma comunidade leal que se sente apoiada em suas jornadas pessoais e profissionais.
A tecnologia focada no bem-estar está cada vez mais presente em nossas vidas. Um estudo da Conexa com RHs de 767 empresas mostrou que a saúde mental dos brasileiros no trabalho não está em boa forma. De cerca de 1.600 pessoas que responderam, 87% relataram afastamentos por doenças mentais entre os colaboradores.
Personalizar a experiência nas diferentes frentes permite que a marca se conecte de maneira mais profunda com os clientes. Ao entender as necessidades individuais e adaptar os serviços, as empresas conseguem construir relações mais fortes e duradouras — com resultados econômicos diretos.
Hoje, o mercado de wellbeing é avaliado em mais de US$ 5 trilhões, e a tendência é de crescimento, com mais acesso à informação e tecnologia para medir e melhorar o bem-estar. Depois da pandemia, o sentimento de autocuidado ficou ainda mais forte. Treinos como pilates, práticas regulares de massagens e meditação estão ganhando prioridade.
Buscar sentir-se bem é cada vez mais essencial no mundo de hoje. Wellbeing e wellness trabalham juntos nesse processo de transformação e desenvolvimento, promovendo prevenção, saúde e bem-estar — melhorando a vida de pessoas físicas e jurídicas.
Fonte: Mundo RH