Modelo da empresa Fourier Intelligence não usa radares e sensores para se locomover; a ideia é usar um sistema de câmeras em 360º
Com investimentos cada vez maiores em robôs, principalmente nos humanoides, os cientistas têm ousado mais em suas invenções. A novidade da hora vem da China e atende pelo nome de GR-1, desenvolvido pela empresa Fourier Intelligence.
Olhando de fora, ele se parece com outras máquinas que já existem no mercado, como o H1, da também chinesa Unitree. A grande diferença está na visão deles. Literalmente falando.
A maioria desses robôs modernos possui um conjunto completo de sensores de última geração, incluindo radares e o sistema LiDAR. Só que os engenheiros da Fourier optaram por uma abordagem mais… humana.
O GR-1 possui seis câmeras RGB que possibilitam a ele uma visão de 360 graus do mundo ao seu redor.
Essa configuração também permite a criação de um mapa panorâmico usando os dados da câmera e uma rede neural que aprende com o contexto para gerar recursos espaciais 3D e objetos virtuais.
Aplicações práticas
Segundo o diretor de pesquisa e desenvolvimento de aplicações robóticas da empresa, Roger Cai, essa tecnologia de câmeras vai permitir que o robô consiga se inserir mais facilmente nas tarefas do dia a dia.
“Com nossa solução de visão pura, o GR-1 está preparado para desempenhar um papel fundamental em diversas aplicações, como reabilitação médica, serviços familiares, recepção e orientação, inspeção de segurança, resgate de emergência e fabricação industrial”, declarou.
O setor médico e de saúde, aliás, sempre foi a prioridade dos executivos da Fourier. No começo do ano passado, a empresa informou que planejava construir robôs humanoides em massa para suprir a escassez de mão de obra e o envelhecimento da população chinesa.
A ideia era que as máquinas pudessem transportar pacientes da cama para cadeiras de rodas e ajudar a pegar objetos, por exemplo. O sistema de câmeras vai ajudar com isso.
Fonte: Olhar Digital