Já sabemos da importância da Transformação Digital (TD) para o mercado como um todo. Inúmeras pesquisas, realizadas em diferentes partes do mundo e com empresas de diversos setores comprovam essa afirmação.
A IMD, escola de negócios na Suíça, concluiu em pesquisa realizada com 941 líderes empresariais de 12 indústrias em todo o mundo, que companhias que não se atentarem à revolução digital poderão perder mercado ou, até mesmo, desaparecer.
Já a CompTIA constatou (em pesquisa com mais de 300 companhias) que 36% das empresas acreditam que as áreas de negócios desempenham papel crítico na estratégia, 43% dizem que facilitam os processos, 39% utilizam para impulsionar resultados e 34% estão redefinindo seus negócios devido à tecnologia. Isso reforça o discurso de que tecnologia e inovação não são assuntos somente da TI.
A TI, portanto, deixa de ser uma área que apenas disponibiliza ativos computacionais, necessários ao dia a dia de uma empresa, e passa a ser uma área de perfil mais consultivo e colaborativo, o que demanda maior engajamento e conhecimento do funcionamento de todas as áreas da corporação, a fim de descobrirem, junto com essas áreas, oportunidades de compartilhar soluções como transformadores digitais.
Mas qual o impacto da TD nos resultados da empresa?
Essa é a pergunta a ser respondida aos Heads das Companhias quando se quer implantar soluções inovadoras.
Na verdade, ao fim do dia, não importa o quanto uma solução Inovadora melhoraria um determinado processo para um determinado setor, mas o quanto essa Inovação vai trazer de resultados aos números da corporação como um todo. Apenas quando alcançarmos essa resposta, conseguiremos efetivamente implantar soluções transformacionais nas empresas.
Então quer dizer que as áreas em si não são importantes? Claro que são! Comparando uma empresa a um motor, cada área funciona como uma parte desse motor e sem qualquer uma dessas partes o motor deixa de funcionar.
Dentro das empresas, porém, no dia a dia, cada área se enxerga como uma parte independente, com perspectivas e linguagens independentes, na maioria das vezes não interagem e, por conta disso, não têm a visão da corporação como um todo, das suas necessidades, interesses e limitações. Esse é um dos grandes entraves para a TD acontecer dentro de uma empresa.
Além disso, não podemos esquecer que projetos transformacionais costumam ter um alto custo de desenvolvimento e implantação, ainda mais quando falamos da enorme burocracia brasileira, desta forma, fica difícil apenas uma área independente conseguir, com seu budget, implementar um projeto transformacional.
É aí que está a importância de enxergar o negócio enquanto empresa e não somente o negócio de cada uma das áreas. Ao visualizar a empresa por completo é possível identificar o quanto a melhoria em uma área determinada gera de valor em toda a cadeia.
Depois da ideação de um projeto, é importante ver o quanto esse projeto trará de retorno ao que será investido (ROI). Fica mais fácil alcançar um ROI favorável quando ele inclui a perspectiva de diversas áreas.
Mas como viabilizar o meu projeto entre tantos outros que a empresa possui? Mais uma vez, é complicado chegar à um consenso se pensarmos no projeto individualmente, mas se tivermos uma visão holística essa decisão fica mais fácil. Essa visão holística depende do grau de interação que você terá com as demais áreas.
Fazer uma análise de qual projeto trará um retorno melhor ao negócio da empresa é a chave para a decisão e essa análise só será precisa se tivermos a participação efetiva de áreas diversas. Metodologias como design thinking, por exemplo, podem ser eficazes na definição e viabilização da colocação do projeto em andamento.
A TD passa, portanto, pela integração e pela inovação de ideias! É papel nosso, integradores de soluções, apoiarmos nesse processo.
Fonte: Administradores