O crescimento de novos modelos de trabalho no país, como o home office, não esconde a preocupação de muitos líderes com a performance dos profissionais brasileiros. Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil aparece na 50ª posição do ranking de produtividade realizado com 68 nações.
De acordo com o palestrante e consultor empresarial Roberto Vilela, este panorama deve servir de alerta para que lideranças criem ações para driblar problemas comuns de produtividade. “O engajamento acontece em várias frentes, mas há três questões que tem um peso importante quando avaliamos os resultados profissionais: o ambiente de trabalho, a transparência na comunicação e o excesso de burocracia”, diz.
O especialista elenca cada um destes pontos e dá dicas de como reverter problemas comuns que levam à distração e insatisfação profissional.
1 – O ambiente precisa ser adequado
“Quando tocamos neste assunto existe um senso comum de que local adequado é aquele com conforto. Obviamente é importante ter uma boa cadeira, uma mesa com espaço ou mesmo um local de descanso ou descontração. Porém estas questões são periféricas quando o assunto é produtividade. Um fator importante, por exemplo, é a estrutura digital, o uso de ferramentas adequadas para a realização das atividades e a colaboração para o crescimento sustentável”, comenta Roberto.
Para ele, o local de trabalho ideal pode variar de acordo com cada segmento. O home office é um modelo que tem crescido em algumas profissões, por exemplo. “O importante é que o profissional tenha as ferramentas adequadas para exercer suas funções e a liberdade para organizar seu espaço de maneira que se sinta mais confortável e engajado em suas tarefas”, avalia.
2 – O feedback deve ser priorizado
Este, de acordo com o consultor empresarial, é ainda um problema comum nas empresas brasileiras e fator decisivo para a falta de empenho ou mesmo desligamento de colaboradores. “Ninguém pode melhorar se não souber o que seus líderes pensam a respeito do seu trabalho ou postura. A transparência é essencial para que uma equipe possa aumentar a performance, especialmente em épocas como o início do ano. Aproveite a volta das férias para bate-papos que envolvam a estratégia de atuação da companhia e esteja aberto às sugestões dos colaboradores. Sentir-se parte do negócio é fundamental para produzir mais”, indica.
3 – Muito processo, pouco resultado
Comum especialmente em empresas de médio e grande porte, a burocracia é uma vilã da produtividade. “Nas análises que faço percebo que muitas vezes o profissional precisa passar por N pessoas até conseguir a aprovação de um projeto, uma ação com o cliente, uma sugestão de melhoria. Quando essa situação é frequente, ele tende a se acomodar e desiste de se dedicar a novas ações. Faz apenas o que está em suas mãos e, consequentemente, reduz sua produtividade”, destaca Roberto.
Para evitar este problema o consultor aconselha uma análise crítica e constante de processos internos. “Isso também significa dar mais autonomia às equipes, mostrar confiança em quem dedicas diversas horas do dia para o seu negócio. É fazer diferente para se chegar a novos resultados e, a partir daí abrir novas portas para a criatividade e a melhoria da performance dos profissionais”, finaliza.
Fonte: Administradores
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