As vendas do comércio em Minas Gerais caíram 0,8% em julho sobre junho, conforme indicou a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi pior do que o apurado em nível nacional, com estagnação no período. No acumulado do ano até julho, foi registrada uma elevação de 3,8% contra os mesmos meses de 2016.
Na comparação das vendas do comércio mineiro em julho com as do mesmo mês de 2016, o IBGE apurou uma elevação de 3,9% e, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho deste ano, houve crescimento de 1,2%, enquanto o varejo nacional apresentou queda de 2,3%. “É um resultado positivo porque foi acompanhado de taxas de crescimento de importantes segmentos”, disse a pesquisadora do instituto, Isabella Nunes.
No varejo ampliado, que incorpora também as vendas de veículos automotores e material de construção, houve uma redução de 0,1% das vendas no acumulado do ano até julho contra o mesmo período de 2016. As vendas de veículos automotores, motocicletas, partes e peças, e de combustíveis e lubrificantes, especialmente, puxaram o resultado para baixo, com quedas de 26,6% e 24,9%, respectivamente, no mesmo confronto.
Apesar da queda de vendas de veículos automotores, motocicletas, partes e peças, e de combustíveis e lubrificantes, o próprio IBGE divulgou recentemente que a produção do segmento registrou expansão de 0,9% de janeiro a julho sobre os mesmos meses de 2016.
O setor é importante para o comércio e para a indústria mineira. Conforme já divulgado pela própria Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a cadeia automotiva, incluindo os fabricantes de autopeças, representa em torno de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria estadual.
Por outro lado, o IBGE calculou que as vendas de hipermercados e supermercados no Estado cresceram 14% no acumulado até julho contra os mesmos meses de 2016. Nesse caso, o desempenho do setor em Minas foi bem melhor que em todo o País, onde apresentou queda de 0,3% nesse confronto.
A venda do segmento de tecidos, vestuário e calçados também teve importante crescimento em 2017. Até julho, o volume de negócios do setor cresceu 33% em relação ao mesmo intervalo de 2016. No País, o crescimento foi bem menor, de 7,1%, de acordo com o IBGE.
Na comercialização de eletrodomésticos, a pesquisa do IBGE apontou uma redução de 8,9% no acumulado até julho contra o mesmo intervalo de 2016. Nesta comparação, nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, a queda foi de 3,4% no Estado.
Fonte: Diário do Comércio