Para manter sua carreira relevante ao novo cenário é preciso tornar-se um profissional antifrágil! Mas o que isso significa?
Estamos vivendo um período intenso. A transformação tecnológica avança em alta velocidade, enquanto a instabilidade gerada pela pandemia também exige soluções rápidas e assertivas.
Naturalmente, conseguir suportar tamanha pressão é uma habilidade fundamental para os profissionais atualmente. Mas, será que apenas ser resiliente é suficiente para o futuro do trabalho?
Na física, o conceito de resiliência se aplica a algo que consegue voltar ao seu estado normal depois de sofrer impactos de alta pressão.
No âmbito comportamental, ser resiliente então, significa conseguir retomar ao estado anterior, após períodos, ou situações desafiadoras e estressantes. Ser resiliente é muito importante, no entanto precisamos continuar e ir além, afinal, o anterior não existe mais.
As novas tecnologias estão nos levando a novos modos de perceber e atuar no mercado de trabalho e a pandemia transformou completamente o mundo dos negócios. Ou seja, voltar ao normal agora pode significar regredir.
Se tudo mudou, também precisamos mudar
Para manter sua carreira relevante ao novo cenário — que será redesenhado de tempos em tempos e cada vez mais rápido — é preciso tornar-se um profissional antifrágil! Mas o que isso significa?
No exercício de musculação, o músculo impactado pelo peso cresce. Caso ele apenas suporte a pressão, o corpo não progride. Logo, para gerar menos estresse, ele aumenta de tamanho, aprendendo a lidar com pesos cada vez maiores.
É assim que funciona a mentalidade de um profissional antifrágil. Ele se beneficia do caos, ao invés de ceder, ou apenas tolerar situações estressantes.
O conceito foi desenvolvido pelo economista e professor de riscos da Universidade de Nova York, Nassim Nicholas Taleb — considerado um dos maiores pensadores do mercado financeiro, uma indústria repleta de incertezas e fragilidades.
Para Taleb, ambientes calmos, estáveis e ausentes de desafios têm o poder de degradar o melhor dos profissionais, já que os obstáculos têm muito a nos ensinar — se pararmos de fugir deles.
Enquanto muitos profissionais preferem evitar os riscos de ir além, serão os antifrágeis quem terão destaque no mercado.
Afinal, em um tombo há os que correm para se esconder de vergonha, os que não tropeçam já que vivem sentados sem se mover e os que dão risada e fingem estar tudo bem. Mas também, os que entendem o motivo da queda, se levantam de cabeça erguida e, confiantes, aperfeiçoam seu equilibro.
Dentre as possibilidades, a última é a melhor opção para lidar com um mundo onde o inesperado — que sempre existiu — se faz cada vez mais presente.
No entanto, não confunda ser antifrágil com construir uma personalidade fria, repleta de armaduras comportamentais de “força bruta”. O antifrágil é vulnerável, conhece e acessa suas emoções mais profundas e sabe reconhecer seus pontos frágeis.
Fortaleça sua inteligência emocional e a confiança nos talentos que te acompanham, mas, principalmente, na coragem de se levantar e crescer.
Boa jornada!
Fonte: Exame
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