Para introduzir esse tema, pense comigo sobre a seguinte pergunta: quando algo funciona de maneira otimizada? Imagina um objeto, por exemplo, um carro: ele funciona quando leva você de um ponto ao outro. Da mesma forma, um relógio funciona quando mostra as horas. Pensando mais a fundo, algo funciona quando cumpre seu papel.
Expandindo esse raciocínio para o ser humano, algo muito mais complexo do que um objeto, fica a pergunta: o que significa uma pessoa funcionar de maneira otimizada?
Esse tema vem sendo estudado detalhadamente pela psicologia positiva. Pesquisadores trouxeram uma abordagem científica ao tema, e chegaram a uma conclusão sobre o que significa uma pessoa viver em estado de funcionamento otimizado.
Uma pessoa funciona de maneira otimizada quando desenvolve e realiza seu pleno potencial.
A conclusão foi a de que essas pessoas desenvolveram ativamente três características fundamentais:
Autonomia: são capazes de tomar suas próprias decisões e ter independência para viver a própria vida;
Responsabilidade: são responsáveis pelos próprios resultados nas diversas áreas da vida. Não terceirizam, nem culpam seus problemas aos demais ou a fatores externos;
Gestão da vida: inclui gerir seu próprio tempo, seus pensamentos e emoções. Exercer seus papéis da melhor maneira e de acordo com o que acredita.
Com esses três princípios em mente, pense nas pessoas com que você convive no dia a dia e reflita: quantas vivem em funcionamento otimizado? Poucas, não é verdade?
A maioria das pessoas não vive em funcionamento otimizado, elas caem em dois extremos opostos, que são muito perigosos para o indivíduo. São eles:
Superfuncionamento: essas pessoas, além de terem autonomia, responsabilidade e gestão da própria vida, fazem isso também pela vida dos outros;
Subfuncionamento: são pessoas que não têm os três elementos do funcionamento otimizado desenvolvidos, ou seja, não possuem autonomia, responsabilidade nem gestão da própria vida. São dependentes dos outros e permitem que outras pessoas ou instituições tomem a responsabilidade pela própria vida.
Se em alguma área de sua vida você sentir que está subfuncionando ou superfuncionando, é importante que saiba as consequências disso.
Ao superfuncionar, você toma conta da vida de outra pessoa. Essa atitude para si é danosa e prejudicial, pois causa uma sobrecarga de funções e atividades, falta de tempo e muito estresse. Para os outros, o resultado é ainda mais crítico, pois você colabora para que eles não tenham autonomia, responsabilidade e gestão das próprias vidas. Em outras palavras, ao superfuncionar, estamos atrofiando e podando aqueles ao nosso redor.
Como consequência, só existe um subfuncional quando um superfuncional está por perto. Resultado: os dois perdem. Se você se encaixar no modo subfuncional, acenda um alerta vermelho! Tome de imediato as rédeas da sua vida. O subfuncionamento é um estado de dependência completa que vai te levar a muito sofrimento e poucos resultados.
Devemos sempre buscar viver em funcionamento otimizado, ou seja, cumprir nosso papel como seres humanos. Ao ter autonomia, responsabilidade e gestão da própria vida, podemos realizar e manifestar todo o potencial e ter uma jornada pessoal muito mais significativa e feliz.
Fonte: Administradores