Com o lançamento do ChatGPT em dezembro de 2022, uma nova era no processo evolutivo da inteligência artificial se iniciou: a “Era da IA aplicada aos negócios”. Essa era será caracterizada pela invasão de soluções baseadas em inteligência artificial nos processos operacionais, administrativos, de gestão e tomadas de decisão nas empresas.
Mas junto com esse potencial todo, há uma grande desconfiança e insegurança por parte dos empresários. A grande questão é que há uma grande incompatibilidade entre o que os empresários esperam da inteligência artificial e o que ela efetivamente oferece, e essa nova abordagem exige mudanças de mentalidade e de paradigmas por parte dos executivos e gestores antes da IA ser efetivamente agregada aos negócios.
Antes de tudo, é necessário entender que inteligência artificial não é sobre fazer sistemas melhores, mais rápidos, ou mais perfeitos… é sobre resolver problemas que antes só os humanos resolviam!
E isso tem significa que trazer IA aos negócios não é sobre substituir sistemas, e sim sobre agilizar e melhorar a qualidade de partes do processo que são fundamentalmente executados por humanos de uma forma repetitiva e consistente, mas normalmente de uma forma mais lenta e não-padronizada. Um exemplo, seria apoiar um analista na leitura de contratos para extrair deste documento informações como a validade do contrato e o índice de reajuste, entre outras informações. Já pensou se uma IA faz isso para nós, de forma automatizada para vários contratos diferentes, e com alto grau de confiança?
O segundo ponto é entender que, a despeito dos sistemas mais convencionais que trabalham com foco na exatidão e reprodução perfeita das instruções, a inteligência artificial tem como paradigma justamente o contrário, ou seja, tem como princípio fundamental a capacidade de lidar com situações incertas e cenários complexos, tal qual os humanos fazem. E por assim serem, são algoritmos baseados em cálculos probabilísticos e na conexão de dados entre si, numa tentativa de simular a rede de informações e a forma como o nosso cérebro funciona.
A inteligência artificial não é controlável e, muitas vezes, não consegue explicar suas decisões e resultados. É mais ou menos assim: você consegue explicar de onde vem a origem do seu gosto por um determinado tipo de comida? Ou consegue explicar como você sabe que 2+2 é igual a 4? Com IA, muitas vezes, é assim.
Por fim, vale salientar que a implantação de soluções de IA nas empresas está muito mais próxima das equipes de negócios do que se imagina. É claro que a área de TI ainda terá papel essencial na implantação dessas tecnologias, mas seu papel é muito mais de apoio para garantir uma implantação segura e dentro do compliance da empresa do que como setor responsável pelo desenvolvimento e implementação delas nos processos operacionais e produtivos.
Isso vai acontecer porque os algoritmos em si já chegarão prontos para a aplicação no negócio, mas precisarão ser alimentados e treinados com informações próprias de cada área, em uma jornada onde é muito mais importante que um especialista no processo interaja com a IA do que o setor de TI.
E a sua empresa, está pronta para começar a implantação de soluções de inteligência artificial e aproveitar todo o potencial que ela fornece?
Fonte: CanalTech