Os brasileiros estão sempre nos primeiros lugares quando se trata de internet. Número de usuários, redes sociais, e também, cibersegurança.
De acordo com uma pesquisa da Kaspersky em parceria com a consultoria Corpa, 58% dos brasileiros estão preocupados em ter seus dados pessoais vazados. A conclusão é do relatório “Impressões Digitais e sua relação com as pessoas e as empresas”.
A pesquisa traz também que 41% dos brasileiros afirmam não terem tido experiências com fraudes, como perfis falsos usando suas fotos ou com compras fraudulentas.
Entre as formas de evitar um vazamento de dados, a mais urgente é a conscientização das pessoas em relação a suas informações. É importante ter em mente que, uma vez com as informações estão publicadas na rede, elas podem cair nas mãos de outras empresas e pessoas.
Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, recomenda compartilhar o mínimo on-line. “Os dados disponíveis na internet têm duas origens majoritariamente: uma postagem do próprio internauta ou um vazamento massivo de dados. Neste caso, uma empresa é atacada e os dados de funcionários e clientes acabam tornando-se públicos. O indivíduo não pode fazer nada durante ou depois do ocorrido, então a única solução é avaliar bem antes de dar suas informações para uma empresa.”
Também é importante ter proatividade como forma de prevenção. Serviços para monitoramento de CPF, que avisam se seu número estiver circulando pela internet, e apps que alertam sempre que uma compra on-line é feita em seu nome podem ser incluídos no smartphone para antever dores de cabeça. Uma opção gratuita e pública é o Registrato do Banco Central, que permite fazer consultas de empréstimos e financiamentos, informar bancos onde o indivíduo tem conta e cartão de crédito, além de listar as chaves PIX registradas.
Há também a ferramenta de verificação de vazamentos de dados da Kaspersky, presente nas soluções Plus e Premium, que monitora a Internet e a dark web, adverte a pessoa caso haja o risco dos seus dados pessoais serem publicados online e dá recomendações de ações a serem tomadas.
A utilização de senhas e autenticação de dois fatores também são importantes para impedir o acesso de criminosos a informações sigilosas. Apesar da troca periódica de senhas, que cerca de 60% dos brasileiros afirmam fazer com regularidade, apenas 39% dos brasileiros dizem usar uma senha considerada difícil, número abaixo da média se comparado com as respostas dos outros países da América Latina (45%). Já a dupla autenticação é uma proteção adicional para serviços online e contas em redes sociais, caso a senha seja descoberta ou vazada.
“Para cadastros simples – normalmente aqueles que precisamos fazer para acessar uma informação ou para testar um serviço, eu recomendo usar um e-mail alternativo para não colocar em risco sua conta de e-mail vinculada com bancos, redes sociais e serviços governamentais. Além disso, evite indicar seu nome real e endereço residencial. Minta seus dados pessoais, sem culpa – apenas não o faça em operações de compra. Embora essas medidas não impeçam um ataque direcionado, elas podem ajudar a mitigar os riscos de um vazamento em grande escala“, comenta Assolini.
Fonte: Kaspersky