Ajustes acontecem após estudo afirmar que o app continha brechas de segurança que deixava os dados dos usuários vulneráveis ao governo chinês.
A rede social baseada em conversas por áudio Clubhouse afirmou que está revisando suas práticas de proteção de dados, após um estudo do Observatório de Internet de Stanford afirmar que o app continha falhas de segurança que deixava os dados dos usuários vulneráveis ao governo chinês.
O aplicativo disse, em resposta ao estudo, que embora tenha optado por não disponibilizar o aplicativo na China, algumas pessoas encontraram uma maneira de baixá-lo, o que significa que as conversas em que esses usuários participaram podem ser transmitidas via servidores chineses.
“Com a ajuda dos pesquisadores do Observatório de Internet de Stanford, identificamos algumas áreas em que podemos fortalecer nossa proteção de dados”, disse a empresa, em comunicado publicado pelo grupo de pesquisas na última sexta-feira (12).
“Durante as próximas 72 horas, lançaremos mudanças para fornecer criptografia adicional e bloqueios para impedir que clientes do Clubhouse consigam transmitir pings via servidores chineses. Também planejamos trazer uma empresa de segurança de dados externa para revisar e validar essas mudanças”, afirmou a companhia.
O Clubhouse não respondeu imediatamente ao pedido da Reuters por mais comentários.
Lançado em março de 2020, o número de usuários do aplicativo cresceu no mundo inteiro este mês, depois de os CEOs da Tesla, Elon Musk, e do Robinhood, Vlad Teney, realizarem discussões surpresas na plataforma.
Só no Brasil, as buscas pelo Clubhouse saltaram 525% entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, na comparação com a semana anterior.
O aplicativo chamou a atenção de usuários chineses, que tiveram nele uma oportunidade de conversar sobre temas que são censurados nas redes sociais do país.
O interesse, no entanto, chamou a atenção do governo, e diversos usuários relataram no início de fevereiro que ele não estava mais funcionando na China.
Fonte: G1
Imagem: William Krause on Unsplash