Flexibilidade, uma cultura de confiança e bem-estar cada vez mais essenciais na atração de talento. Estas algumas das conclusões do estudo What Workers Want to Thrive: “de trabalhar para viver a trabalhar para prosperar”, desenvolvido pelo ManpowerGroup e pela Thrive e, agora divulgado.
Segundo o estudo, 45% dos profissionais querem escolher as horas de início e fim da jornada laboral e 35% desejam a possibilidade de poder definir o local onde trabalham. Também uma cultura de confiança é importante: 71% dos trabalhadores precisam de confiança na liderança para prosperar.
Atualmente, os trabalhadores esperam que os seus empregadores os ajudem a prosperar no trabalho e na sua vida pessoal, proporcionando-lhes uma maior flexibilidade, juntamente com fatores como a confiança, propósito e bem-estar. Estes são algumas das conclusões do estudo What Workers Want to Thrive: “De trabalhar para viver a trabalhar para prosperar”, desenvolvido pelo ManpowerGroup em parceria com a Thrive, empresa tecnológica líder em gestão do comportamento, e que inquiriu mais de 5.000 candidatos e trabalhadores em funções de produção, corporativas e de call center, de forma a perceber o que significa hoje prosperar para estes profissionais.
Flexibilizar modalidades de trabalho para ganhar em motivação
O estudo revela que a flexibilidade surge como uma prioridade, com trabalhadores de todos os setores, e a todos os níveis, estão a exigir maiores possibilidades de escolha e autonomia. No entanto, a natureza dessa flexibilidade varia. Para 64% dos trabalhadores, esta significa uma mudança para uma semana de trabalho de quatro dias, com horas comprimidas, mas com a manutenção do seu salário atual, enquanto, para 18% dos inquiridos, esta semana de trabalho reduzida é também viável, mesmo que simbolize uma redução da remuneração. Por outro lado, 45% dos profissionais querem definir as suas horas de início e fim da jornada de trabalho e 35% pretendem escolher o local onde trabalham com base nas suas necessidades diárias.
“A pandemia e a maior escassez de talento registada em 16 anos vieram criar um contexto de mudança e disrupção, que se apresenta também como uma oportunidade única para redefinir a forma como trabalhamos e vivemos. Perante este contexto e os desafios que coloca, as empresas precisam de repensar o futuro da experiência de trabalho, apostando na life-work integration e incorporando a procura de bem-estar nas duas dimensões”, sublinha Rui Teixeira, Country Manager do ManpowerGroup Portugal.
“Este é, assim, o momento para os empregadores ouvirem, se adaptarem e responderem ao que os trabalhadores querem e precisam para prosperar, privilegiando a flexibilidade, a confiança nas lideranças, os valores e um propósito com que os trabalhadores se revejam e uma aposta firme no bem-estar físico e mental. Só desta forma conseguirão ter uma força de trabalho resiliente, saudável e capaz de se reinventar perante desafios constantes”, explica.
Desenvolver laços de confiança para reter talento
A confiança é um fator cada vez mais importante para uma força de trabalho próspera, de acordo com o estudo. A confiança nos colegas foi colocada no topo das preferências dos trabalhadores (79%), logo depois de um salário justo e condições de trabalho seguras. Já a confiança nos líderes foi classificada como prioritária por mais de dois terços dos inquiridos (71%). Além disso, as pessoas querem trabalhar para empresas que partilham os seus valores e crenças, com 70% a procurarem mais sentido no seu trabalho diário.
A estas necessidades, junta-se o apoio à saúde mental. Mesmo que os níveis de stress tenham descido desde o pico da pandemia, de 42% para 38%, este valor é ainda muito elevado, o que leva a que 25% dos trabalhadores queiram que os líderes apoiem o seu bem-estar mental, para se protegerem do burnout.
Mulheres e homens com necessidades diferentes para poderem prosperar
Tanto os homens como as mulheres enfrentaram desafios durante a pandemia, mas foram desafios muito diferentes, e as suas exigências específicas face aos empregadores continuam a evoluir. A confiança é mais importante para as mulheres, com 82% a destacar o trabalho com colegas em quem confiam como prioritário, bem como um manager que as apoie e ajude a progredir (77%). Já os homens também valorizam em primazia estes fatores, mas em menor escala, sendo referido por 77% e 71% dos inquiridos, respetivamente.
Por outro lado, a pandemia veio colocar a saúde mental no topo das agendas públicas e empresariais, com os trabalhadores a procurar um maior equilíbrio e bem-estar. No entanto, as preferências variam entre homens e mulheres. A melhor gestão da saúde mental por parte dos líderes destaca-se como uma exigência para 60% das mulheres, contra 54% dos homens, enquanto estes últimos reclamam em maior percentagem o suporte ao bem-estar físico, sendo referido por 48% inquiridos versus 44% das mulheres.
Na sequência da pandemia, muitos trabalhadores com filhos estão mais sensibilizados para a importância do equilíbrio, do bem-estar e da necessidade de apoio dos empregadores ao seu desenvolvimento e à sua saúde física e mental. Neste sentido, entre as exigências para prosperarem, destacam o apoio à prestação de cuidados de saúde, com 55% a pretenderem cuidados infantis.
Em simultâneo, 75% dos pais-trabalhadores continuam a privilegiar a sua progressão de carreira e 74% o trabalho significativo. A isto, junta-se a aquisição de novas competências, já que 73% querem esta oportunidade no trabalho e 26% fora do local laboral.
O estudo do ManpowerGroup e da Thrive entrevistou mais de 5 mil profissionais em cinco países.
Fonte: Revista do Empreendedor