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Empresas precisam arriscar mais para sobreviver à disrupção

30 de agosto de 2019 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

Ao longo dos últimos oito anos, 72% de todos os setores da indústria notaram um aumento no processo de disrupção. Atualmente, um total de US$ 41 trilhões (uma combinação de valor de capitalização de mercado e dívida líquida) está exposto a essa evolução, segundo novo estudo da Accenture.

O estudo “Breaking Through Disruption: Embrace the Power of the Wise Pivot” tem como base o Índice Disruptability Index da Accenture, que mede o nível atual de disrupção de 18 indústrias, bem como a sua suscetibilidade às mudanças futuras, por meio da análise de 10 mil empresas listadas em bolsa.

Períodos de disrupção – Edições anteriores do estudo mostram que, ao contrário do que crê a maioria, disrupção não é imprevisível e possui um padrão definido por quatro períodos distintos – Durabilidade, Vulnerabilidade, Volatilidade e Viabilidade – estabelecido com base no atual nível da indústria e em sua suscetibilidade futura:

  • As indústrias que se encontram no período de Durabilidade demonstram forte resiliência e desempenho consistente, mantendo os disruptores a uma distância segura, pelo menos por enquanto. É exatamente nesse período que as companhias têm grandes oportunidades para buscar e testar novas ideias de negócios;
  • Já no período de Vulnerabilidade, os pontos fracos da indústria, como falta de inovação e investimentos insuficientes, tornam-se aparentes. As empresas que se encontram nesse período contam com os benefícios da presença contínua de barreiras para a entrada de novos players. Assim, muitas confiam instintivamente nessas barreiras para fugir da disrupção;
  • Em seguida, no período de Volatilidade, os grandes disruptores entram no mercado e passam a acessar novas fontes de valor, transformando pontos até então considerados fortes em fraqueza. A maioria das empresas se concentra em resolver questões urgentes relacionadas aos seus negócios principais;
  • No período de Viabilidade, indústrias em estágio embrionário ou reformuladas buscam sustentar altos índices de inovação e apresentam vantagem competitiva de curta duração, uma vez que novos disruptores não param de surgir. Aqui, a oportunidade não está apenas em expandir o negócio principal, oferecendo novos produtos nos mercados existentes, mas em investir na presença de produtos já existentes em novos mercados.

A nova edição do estudo questiona a percepção equivocada de que a disrupção surge de forma repentina e tem curta duração. Na verdade, ela é persistente. Entre as indústrias pesquisadas, 83% permaneceram pelo menos cinco anos no mesmo período do processo entre os anos de 2011 e 2018. Além disso, o estudo mostra que os diferentes players da indústria estão atentos às ameaças da disrupção e que todas as 18 indústrias ficaram mais resilientes aos seus impactos.

“As empresas que querem responder à disrupção constante precisam deixar suas antigas e confortáveis estratégias de negócios que não funcionam mais para trás”, explica Omar Abbosh.

“Empresas de sucesso fogem da disrupção lançando mão de tecnologias disruptivas, testando novas ideias e aprendendo formas de se manterem próximas à fronteira da inovação”.

Disrupção para quem quer se reinventar – O estudo cita várias empresas inovadoras que estão crescendo apesar da disrupção de seus setores. Um exemplo é a Microsoft, que investiu pesado em inovação e, ao mesmo tempo, impulsionou sua lucrativa plataforma Windows para o futuro. Além de investir em inteligência artificial e computação em nuvem, a Microsoft inovou em diversas áreas, desde holoportation (um sistema completo para telepresença de realidade aumentada e virtual), traduções instantâneas de voz e até mesmo em uma vacina contra o HIV.

Outro exemplo é a Schneider Electric, destaque de um episódio recente do podcast Pivot to the Future, apresentado pela Accenture. “O processo de transformação tem sido intenso e muito benéfico para nós”, disse o presidente e CEO da Schneider Electric, Jean-Pascal Tricoire, durante o programa.

“Nós triplicamos de tamanho. Éramos uma empresa de atuação mais regional e focada na Europa e hoje somos uma empresa global. De produtos independentes passamos a oferecer produtos conectados, que já compõem quase 50% de nossas vendas atuais. E, à medida que nos tornamos digitais, ficamos cada vez mais próximos dos nossos clientes”.

Sucesso em períodos de disrupção – A Accenture identificou quatro ações fundamentais que as empresas devem tomar para estarem prontas para inovar de forma diferente e se destacarem das demais em momentos de disrupção:

  • Crie sua próxima inovação. Abrace novas tecnologias a fim de desenvolver ideias com potencial disruptivo, tanto dentro quanto fora de seu setor;
  • Invista nas suas apostas futuras. Reforce progressivamente e distribua seus investimentos em inovação para testar e transformar novas ideias em realidades comerciais em menos tempo;
  • Encontre parceiros à altura. Invista no escalonamento de suas novas ideias com parceiros que ofereçam acesso a tecnologias e talentos especializados;
  • A disrupção vem de dentro. Crie uma divisão especializada, como um “laboratório de inovação” ou uma “fábrica digital”, a fim de trazer inovações significativas para o seu negócio.

“As características da disrupção na nossa indústria devem ser uma fonte de inspiração em vez de limitar os esforços de inovação das empresas”, explica a diretora da área de Thought Leadership na Accenture Research, Vedrana Savic.

“Tomar agora as medidas necessárias para preparar e reposicionar as empresas por conta da disrupção é fundamental – seja por meio da inovação tecnológica, da experimentação com ideias realmente revolucionárias ou do escalonamento dessas ideias com a ajuda de novas parcerias e capacidades internas de alto nível”.

Fonte: Diário do Comércio
Imagem: Designed by Snowing

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