Geração Z e a liderança corporativa: pragmática, inquieta, digital, ansiosa e autossuficiente. Essas são algumas das características da Geração Z ou Gen Z. E nessa transformação de público surgem dúvidas: como lidar com esse perfil em meio a uma cultura organizacional já estabelecida? Como permitir que essa geração traga inovação na liderança sem quebrar o fluxo de trabalho das empresas? Esses são alguns desafios que as organizações enfrentam ao ter posições de liderança ocupadas por esses jovens.
Mas, afinal, quem faz parte da Geração Z?
Geração Z é a definição sociológica para pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Isso quer dizer que os nascidos em 1995, por exemplo, já estão no mercado há alguns anos e suas experiências, combinadas com seu perfil, têm grande influência na forma como trabalham, interagem entre si e, consequentemente, na forma como lideram. Foi a primeira geração social a crescer com acesso a tecnologia digital portátil desde pequena, pessoas que nunca viram o mundo sem internet, não à toa são também conhecidos como “nativos digitais”.
Trata-se da geração mais nova no mercado de trabalho e, por isso, a preocupação com os impactos causados pela sua presença na liderança de empresas. Segundo uma pesquisa feita pela Box 1824 com a McKinsey, a geração Z vai desconstruir a forma que consumimos e trabalhamos, além de contribuir com a disrupção dos Millennials, como são chamados os nascidos entre 1980 e 1994.
Geração Z e a liderança corporativa: o que as empresas devem fazer?
Se adaptar, sem dúvidas. Mas mais do que se adaptar a partir de movimentos externos, elas precisam se adaptar intencionalmente. A adaptação intencional talvez seja a característica mais importante para qualquer profissional nos dias de hoje e também se aplica para as empresas.
A tendência é que o ritmo de mudanças só aumente. Não só com a chegada da Gen Z aos cargos de liderança, mas também com muitas outras mudanças que vão impactar o mundo dos negócios. A instabilidade veio para fazer parte do novo normal.
E se as organizações não possuem nenhum controle sobre essas mudanças de cenário, elas podem controlar a forma como irão reagir a essas mudanças e como lidar com a instabilidade. Stephen Hawking já dizia: “Inteligência é a capacidade de se adaptar às mudanças”. As empresas, hoje, precisam estar dispostas a começar o movimento de adaptação de forma deliberada.
Adaptação intencional é transformação
No momento em que essa geração assume o papel de liderança, as empresas precisam criar espaços para a adaptação intencional, caso contrário, tudo vai permanecer como está.
E como criar esses espaços?
1. Permitindo a experimentação: é impossível falar de transformação sem experimentação. É preciso construir uma cultura de protótipo, análise e erro de novos processos e ações.
2. Segurança psicológica: se constrói a partir de duas premissas – escuta ativa e fala com intenção. Ou seja, todos têm o mesmo espaço de fala e quando um fala, independentemente da posição hierárquica ou cargo, todos devem ouvir com atenção. Segurança psicológica é algo muito valorizado pela Geração Z.
3. Autonomia: tudo isso só será valorizado quando a empresa permitir um ambiente que valorize a autonomia. A sensação de controle é um imperativo biológico e é uma das principais características da Gen Z. Portanto, liderança sem autonomia não está de acordo com os valores dessa geração. Ao fazer isso, as empresas certamente estarão mais preparadas tanto para receber esse novo perfil de liderança, quanto para superar os desafios e dificuldades de um mundo cada vez mais complexo.
Fonte: RH pra Você