Lideranças sentem insegurança no momento de conduzir, desenvolver e engajar os times.
Com o objetivo de ouvir como os líderes das principais empresas do País se sentem no momento atual, a Sputnik, uma das maiores escolas corporativas do Brasil, elaborou um estudo inédito para escutar e auxiliar as lideranças a evoluírem em sua jornada profissional, em meio às incertezas de um cenário econômico complexo, com as transformações não só no mundo corporativo, mas também na vida cotidiana.
A primeira edição da pesquisa intitulada “Panorama de Sentimento das Lideranças” revelou que 34,4% da liderança sente insegurança no momento de conduzir, desenvolver e engajar os times.
Foram ouvidos 285 líderes de organizações em diferentes regiões do Brasil e, além da insegurança, os participantes também afirmam que estão tentando se desenvolver melhor como liderança (18,9%). Os gestores percebem que o seu papel já não é o mesmo de anos atrás. Hoje, as organizações demandam profissionais que inspirem, que manifestem suas vulnerabilidades e estimulem a aprendizagem.
Os dados do Panorama vão ao encontro de tendências já identificadas na pesquisa LinkedIn Learning: Workplace Learning Report deste ano, que já reforçava a importância de oferecer ambientes de aprendizado e crescimento como um dos fatores que mais contribuem para uma boa cultura organizacional.
“Procuramos entender o que tem gerado insegurança para esses profissionais, o que interfere de fato nas tomadas de decisões, na comunicação com os colaboradores, e principalmente na estratégia como um todo”, diz a CEO e fundadora da Sputnik, Mari Achutti. Segundo o levantamento, as inseguranças partem da falta de clareza estratégica para 48,1% dos entrevistados, enquanto 22,5% destacam o cenário econômico complexo.
Nesse sentido, há ferramentas que podem trazer mais segurança individual e confiança entre as pessoas e os times. Os planos de desenvolvimento coletivos e individuais, por exemplo, são ferramentas importantes frente a esses desafios e auxiliam as organizações a se prepararem para o futuro.
O Panorama também mapeou, como ponto frágil para as lideranças, a falta de conhecimento técnico (13%) e o despreparo do time (11,6%). Apenas 4,9% dos entrevistados não se sentem inseguros na hora de tomar uma decisão.
Para Mari Achutti, as empresas e lideranças precisam estar abertas à inovação e transformação dos processos. Isso passa, inevitavelmente, pelo processo de aprendizagem: “os desafios são constantes, e, em um mundo BANI (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível), a educação corporativa é estratégica para que os líderes e gestores saibam lidar com as inseguranças, ansiedades e incertezas que esse contexto, inevitavelmente, gera” completa ela. Com isso, para além de capacitar os times, as empresas desempenham um papel essencial na construção de espaços seguros de troca e autodescobertas, para que a evolução ocorra de dentro para fora.
Fonte: Diário do Comércio