O sistema de pagamento instantâneo PIX revolucionou a forma como transferências e transações financeiras são realizadas e hoje é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, com apenas três anos de existência. No entanto, a popularidade e simplicidade chamou a atenção de cibercriminosos que tiram proveito do sistema para seus golpes. Confira dois exemplos de golpes e dicas para evitar ser vítima.
Nesse golpe, os criminosos se aproveitam da busca de investidores por retornos financeiros rápidos para enganar e persuadir aqueles que estão mais desatentos. Utilizando engenharia social, eles entram em contato por mensagem ou anúncios em redes sociais e oferecem oportunidades de investimento com rendimentos exorbitantes em troca de um Pix para uma conta desconhecida.
A ideia é a vítima oferecer um dinheiro como “caução”, que será devolvido após iniciar as transações, e a promessa de ganhos fáceis é tão tentadora que muitas pessoas acabam cedendo à pressão psicológica criada pelos golpistas. Uma vez que conseguem uma quantia significativa da vítima, cortam contato.
“É importante compreender que investimentos legítimos e sólidos não prometem retornos surrealmente altos em um curto espaço de tempo. A prevenção desse tipo de golpe envolve a pesquisa cuidadosa de qualquer oportunidade de investimento, a verificação das informações do remetente e, acima de tudo, a desconfiança de ofertas que pareçam boas demais para ser verdade”, comenta Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.
A engenharia social também é utilizada aqui, para convencer as vítimas de que estão fazendo um pagamento legítimo, quando na verdade estão transferindo dinheiro diretamente para as mãos dos golpistas. Os criminosos criam boletos falsos ou apresentam ofertas tentadoras, incluindo descontos especiais, e solicitam o pagamento por meio do PIX, alegando ser o método mais rápido e fácil.
No exemplo identificado por nossos especialistas, os criminosos disfarçaram o golpe em uma conta de telefone/internet. A única novidade é a presença do QR code como opção de pagamento. Um detalhe mostra que, para os criminosos, a nova opção de pagamento tem a preferência, pois é oferecido um suposto desconto de 5% se o pagamento usar esse método.
“Para evitar cair nessa armadilha, é fundamental verificar cuidadosamente a origem do boleto ou da oferta. Sempre confirme as informações com fontes confiáveis, como os sites oficiais das empresas ou instituições envolvidas. Além disso, evite clicar em links suspeitos ou fornecer informações sensíveis em resposta a mensagens não solicitadas. Sempre que você se deparar com ofertas que parecem boas demais para ser verdade ou receber pedidos de pagamento suspeitos, pare e analise a situação com um olhar crítico”, complementa Assolini.
Fonte: Kaspersky