O Google vai começar a bloquear cookies de terceiros no Chrome, com os testes das novas opções de privacidade marcados para começarem no início do ano que vem. A fase inicial vai contemplar 1% dos usuários do navegador e antecede uma liberação completa do recurso, que deve acontecer entre julho e setembro de 2024.
A ideia, de acordo com a empresa, é reduzir a utilização de cookies que rastreiem os hábitos dos usuários entre sites diferentes para exibição de publicidade. Segundo ela, ao mesmo tempo em que tais tecnologias ferem a privacidade das pessoas, elas também podem interferir no funcionamento de algumas soluções web, o que explica a liberação cautelosa e gradual da mudança.
Por isso, a partir de janeiro, serão iniciados os testes do que o Google chama de “soluções temporárias” para esse dilema, junto com controles mais avançados para os usuários. Eles poderão, por exemplo, abrir exceções para determinados sites e serviços caso notem problemas de funcionamento, enquanto a gigante colhe feedback antes de ampliar o alcance da mudança.
Apesar da cautela, o Google deixa claro: a ideia é que o Chrome deixe de dar suporte aos cookies de terceiros no final do ano que vem. Outros navegadores populares, como o Edge e o Firefox, já não permitem rastreamentos desse tipo por padrão, mas os usuários também podem configurar serviços e sites específicos em que o recurso é utilizado, em uma abordagem que deve se tornar padrão.
Não é apenas um fim, entretanto. De acordo com o Google, a mudança na forma de exibição de anúncios em seu navegador contempla o uso da Privacy Sandbox, considerada uma opção mais segura para os usuários. As APIs da ferramenta já estão disponíveis desde setembro, com o Google incentivando o uso pelos provedores de publicidade.
O que muda, na prática, é a forma como os dados são coletados. Em vez de acompanhar a navegação de forma individual, como acontece com os cookies de terceiros, a Privacy Sandbox trabalha com um sistema de perfis, que une interesses e comportamentos semelhantes. Assim, afirma o Google, anúncios direcionados ainda poderão ser exibidos, mas sem que as pessoas possam ser identificadas diretamente por seus hábitos online.
Fonte: Canal Tech