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Inflação avança 0,36% na Grande BH

14 de fevereiro de 2018 / Consultoria / por Comunicação Krypton BPO

O aumento nos custos dos transportes e alimentação pesou sobre o bolso do consumidor da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em janeiro. No último mês, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, apresentou variação positiva de 0,36% na RMBH. O indicador correspondeu ao quarto maior resultado mensal entre as 13 localidades pesquisadas, entretanto, não preocupa especialistas.

“Vemos que a inflação está menor do que em janeiro do ano passado (0,64%)”, destaca o analista financeiro da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Juan Moreno. Ele explica que, para 2018, a projeção é de que o IPCA supere os 2,03% apurados em 2017, mas destaca que o indicador deve ficar dentro da meta estipulada pelo Banco Central.

“A expectativa é de que (a inflação) seja maior neste ano, mas dentro da meta de 4,5%. Isso vai depender de como vai comportar o setor de alimentação, que já está tendo um grande impacto no indicador neste ano”, pondera Moreno. Em janeiro, o índice apurado para o País ficou em 0,29%.

Dentre os nove grupos que compõem o cálculo do IPCA, seis tiveram alta em janeiro na RMBH, com destaque para alimentação e bebidas (0,63%) e transportes (2,49%). Entre os alimentos, as maiores elevações foram observadas no tomate (50,11%), cenoura (28,78%), banana-prata (25,99%), batata-inglesa (14,81%) e repolho (12,06%). Já na categoria transportes, pesou o avanço do etanol (9,08%), seguro voluntário de veículo (7,04%) e gasolina (6,33%).
Alimentos – Em 2017, os alimentos foram os principais responsáveis pela desaceleração do IPCA na região, ao fecharem o ano com deflação de 4,05%. Neste ano, no entanto, o mesmo grupo deve puxar o crescimento do indicador. “O setor de alimentação deverá ter uma inflação um pouco maior, porque a safra de 2018 deve ser menor, mas ainda temos (perspectiva) de um índice baixo quando comparado aos de anos anteriores”, esclarece o analista financeiro da Fecomércio-MG.

Ontem, o IBGE também divulgou a previsão de safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para o País em 2018, elaborada no último mês. De acordo com o Instituto, a primeira estimativa do ano apontou para recuo de 6,0%, saindo de 240,6 milhões de toneladas em 2017 para 226,1 milhões de toneladas neste ano.

No acumulado em 12 meses, houve inflação de 1,74% na região metropolitana, a terceira menor entre as áreas pesquisadas pelo IBGE. Na mesma base de comparação, o Brasil fechou janeiro com um IPCA de 2,86%.

Fonte: Diário do Comércio

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