Malwares do tipo “ladrões de senha” (password-stealing ware, em inglês) registraram crescimento de 60% em 2019. A informação foi divulgada pela empresa de segurança Kaspersky Lab nesta terça-feira (23). Os dados mostram que o número de consumidores atingidos por esse tipo de software malicioso saltou de 600 mil, no primeiro semestre de 2018, para 940 mil, durante o mesmo período em 2019. Brasileiros estão entre as vítimas mais frequentes do malware.
Segundo a Kaspersky, os malwares aproveitam vulnerabilidades dos navegadores para roubar informações como números de cartão de crédito, senhas salvas e informações de preenchimento automático. O levantamento aponta também que algumas famílias dos “ladrões de senha” podem roubar cookies do navegador e até mesmo arquivos dos usuários.
A Rússia e a Índia são os principais alvos de ataques pelos cibercriminosos. Em terceiro lugar no ranking de usuários infectados, estão os brasileiros, seguidos pelos alemães e estadunidenses. Das vítimas desse tipo de malware, 25% foram infectadas pelo Azorult, um dos trojans mais amplamente difundidos pelo mundo.
De acordo com Alexander Eremin, pesquisador de segurança da Kaspersky, a confiança dos consumidores nos serviços oferecidos via internet favorece a atuação de cibercriminosos. “Isso faz com que preencham seus perfis digitais com mais e mais dados e detalhes, o que os torna um alvo lucrativo para os criminosos, já que as informações podem ser monetizadas de várias maneiras posteriormente”, afirmou.
Como se proteger
Para se proteger desse tipo de golpe, a Kaspersky diz que é importante que os usuários desativem a gravação automática de senhas nos navegadores, já que os métodos de proteção que usam não são suficientes para impedir a atividade dos malwares. Outra solução válida é instalar programas e aplicativos que gerenciam e armazenam senhas de forma efetivamente segura, além de manter os produtos instalados no computador sempre atualizados.
Fonte: The Hack