Mais de 40 estados dos EUA processaram a Meta, responsável por Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, sob acusação de viciar jovens nas redes sociais e aumentar a exposição a conteúdos prejudiciais para esses menores de idade.
A ação judicial alega que a Big Tech usa práticas enganosas para violar as leis de proteção ao consumidor, com “tecnologias poderosas para envolver e atrair jovens e adolescentes”. De acordo com o documento, notificações frequentes e o sistema de rolagem infinita são recursos que deixam as pessoas presas às plataformas.
O texto alerta que o uso das redes impulsionaria problemas de saúde física e mental, com sintomas como depressão, ansiedade, insônia e interferência na educação.
A Meta também sofre acusações sobre direcionar anúncios para usuários com menos de 13 idade, coletar dados de adolescentes sem permissão e ser evasiva sobre as pesquisas internas sobre os efeitos das plataformas nos jovens. O texto ainda relata que a empresa teria “enganado o público repetidamente sobre os perigos substanciais das plataformas de redes sociais” para aumentar os ganhos financeiros.
O processo é resultado de uma investigação nacional dos EUA sobre a empresa, especialmente sobre a abordagem do Instagram para a saúde física e mental dos usuários mais jovens.
A maior ação foi aberta na Califórnia, com um total de 33 estados participantes, enquanto outros oito estados e o distrito da capital Washington também entraram na justiça individualmente.
Tudo isso ocorre no contexto em que os Estados Unidos intensificam a investigação sobre a presença de menores de idade nas redes sociais. O estado de Utah chegou a processar o TikTok com acusações parecidas sobre táticas manipuladoras para reter jovens e até propõe uma lei para verificação obrigatória de idade — no qual o Google já se posicionou contrário à decisão.
Em comunicado publicado pela Reuters, a Meta revelou estar “desapontada” com a decisão e disse que “no lugar de trabalhar com as empresas na indústria para criar padrões claros e apropriados por idade para os aplicativos que os adolescentes usam, os procuradores escolheram este caminho”.
Fonte: CanalTech