Retirada de acesso à ferramenta de IA veio após decisão da ANPD
No último dia 2, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), suspendeu a validade do trecho de política de privacidade da Meta referente ao desenvolvimento de modelos de Inteligência Artificial (IA) generativa.
Segundo a empresa, eles utilizaram esse conteúdo público para desenvolver modelos de linguagem.
No dia 10 de julho, a Autoridade chegou a rejeitar um pedido da Meta para reconsiderar a medida cautelar, por isso, ganhou mais cinco dias úteis a partir de então para apresentar que suspendeu a política de tratamento de dados para treinamento de IAs.
Sobre a decisão, a Meta disse que não comentaria e, quando a ANPD notificou a big tech, foi revelado que a decisão da autoridade brasileira atrasaria a chegada dos benefícios de inteligência artificial até o Brasil.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, chegou a avisar que, além do gerador de figurinha do WhatsApp, o pacote de inteligência artificial da empresa que seria integrado a todas as plataformas da empresa, chegaria ao Brasil e até a Europa em julho.
Uma outra suspensão foi também do uso de dados dos usuários de Facebook e Instagram para treinar modelos de IA na Europa.
Os usuários nos Estados Unidos reclamam de negativas da Meta ao pedido de oposição ao uso de dados pessoais para treinamento, segundo informações do New York Times.
A ANPD revelou à Folha de S. Paulo que a instauração do processo de fiscalização considerou o impacto do uso de dados para treinamento de IA sobre os direitos dos titulares, bem como de crianças e adolescentes.
“Destacamos, também, a grande quantidade de pessoas impactadas pela operação de tratamento: apenas no Brasil, o Facebook possui cerca de 102 milhões de usuários ativos, fora os usuários das demais redes do grupo.”
A autoridade ainda acrescenta que ainda houve a possibilidade de tratamento desses dados serem de terceiros não usuários das plataformas.
Fonte: Contábeis