12 de julho de 2019 /
Consultoria / por Comunicação Krypton BPO
Gamification é, por definição, o processo de conectar elementos e princípios de jogos às tarefas e processos organizacionais com o intuito de torná-las mais prazerosas e eficazes. Conectar elementos e princípios de jogos às tarefas e processos organizacionais aumenta o interesse dos colaboradores em executá-las. Funciona, psicologicamente falando, muito bem no sentindo de substituir os preconceitos envoltos na palavra trabalho (enfado, doloroso, cansativo…) por sensações agradáveis do jogo (diversão, prazer, confraternização…). O processo aumenta a motivação, engajamento e a aplicação na realização das tarefas.
Não significa, entretanto, a prática de um jogo em si. Diz respeito à utilização dos aspectos envoltos no jogo como a competitividade, a motivação, a estética, o dinamismo e a diversão. Tais elementos servem como fatores engajadores e motivadores para a adoção de determinados comportamentos como a aquisição de novo aprendizado, por parte dos colaboradores; ou a participação de clientes na adoção de campanhas promocionais de marketing.
Como utilizar a estratégia de Gamification?
A estratégia de Gamification (ou Gamificação, como foi incorporado ao nosso idioma) pode ser utilizada em diversas frentes. Tanto no engajamento e motivação dos colaboradores para a execução das tarefas e processos organizacionais, quanto para reforçar mudança de comportamento e reforçar o envolvimento dos consumidores em estratégias de marketing como promoções, captação e fidelização de clientes.
Qual a eficácia da estratégia de gamificação?
A eficácia da estratégia de Gamificação é estatisticamente comprovada. Por exemple, 70% das empresas pesquisadas pela Global Forbes 2000 afirmam a utilização da estratégia, internamente e externamente. Empresas como Yahoo!; Starbucks; DevHub; Shell entre várias outras corporações de diferentes portes e segmentos utilizam sistematicamente a estratégia.
Por que a estratégia de Gamificação funciona tão bem?
Existem algumas características que são comuns entre os seres humanos as quais estão embutidas no conceito do jogo. São elas:
- Senso Comunitário: Temos a necessidade de pertencer a uma comunidade. Existem elementos psicológicos que nos diz que precisamos pertencer a uma “tribo”. A ideia de segurança de fazer parte de um grupo e não estar sozinho e de possuir uma identidade trazem à tona essa necessidade. Somos, essencialmente, gregários. O jogo nos traz esse sentimento – somos um time; ou participamos, mesmo que individualmente, de um grupo de jogadores;
- Necessidade de Feedback: Quando nos empenhamos na realização de uma tarefa, seja ela qual for, necessitamos da opinião dos outros em relação à nossa performance. Esse sentimento é muito forte em nós, seres humanos, em virtude da nossa cultura quantitativa. Precisamos de uma nota de avaliação. É a forma que funcionamos. Se isso é bom ou ruim, não importa muito. O fato é que essa necessidade de feedback nos move e estimula à realização das tarefas e objetivos. Claro que não devemos fazer todas as coisas preocupados com a nota que receberemos ao final do processo. Mas alcançar esse nível de maturidade emocional é um exercício! O fato é que massagem no ego, moderada, só faz bem;
- Necessidade de Realização: Não resta a menor dúvida que temos uma necessidade inata de realização. Não há sensação mais agradável do que a sensação de realizar algo. Uma missão cumprida nos dá um acalento interior difícil de explicar com palavras. Geralmente, quando realizamos algo, suspiramos e dizemos, ou pensamos: “acabou; está feito!” Os ingleses simplesmente dizem: “done!”. E a sensação que nos enche a partir desse ponto é de total alívio! (what a feeling!). Por esse motivo buscamos metas e objetivos. Para sentir, ao final, essa sensação;
- Necessidade de Reconhecimento: Todos nós queremos os louros da vitória. Mais uma vez, não se trata de certo ou errado. Se for bom ou ruim agirmos dessa forma. É como nós somos, simples assim! Precisamos sim de ouvir aquele “well done!”. Claro que não devemos fazer as coisas com o único e exclusivo motivo de sermos reconhecidos, mas não podemos negar essa necessidade. Fazer o que deve ser feito pelo fato de ser o certo a fazer também é um exercício! Mas não podemos também nos autoflagelarmos por essa vaidade humana que nos move. Como disse Salomão (Eclesiastes 1:14) “Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito”. O jogo nos dá essa possibilidade;
- Concluindo, a utilização da estratégia de Gamificação é extremamente eficaz para o engajamento e motivação dos colaboradores para a execução das tarefas e processos organizacionais. Assim como também é muito útil para reforçar mudança de comportamento e reforçar o envolvimento dos consumidores em estratégias de marketing como promoções, captação e fidelização de clientes. Entretanto, alguns aspectos devem ser minuciosamente observados antes da implementação de uma estratégia de Gamificação.
“O jogo só acaba quando termina” (Vicente Matheus).
Fonte: Administradores
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