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O que é um datacenter de colocation? Visitamos a Odata para descobrir

11 de julho de 2022 / Tecnologia / por Comunicação Krypton BPO

Colocation é uma espécie de datacenter compartilhado; no Brasil, a Odata é uma das empresas que oferecem esse tipo de serviço.

Toda organização pode ter um datacenter sem, de fato, ter um. Calma. Este não é um enigma para você resolver. Na verdade, falo de um conceito simples, mas que pode ser desconhecido até por quem trabalha com TI: o de colocation. Nesse tipo de serviço, o datacenter aluga espaço para outras empresas. Para entender como isso funciona, fiz uma visitinha à Odata.

Se o nome é desconhecido para você, não estranhe. A Odata é relativamente nova. A companhia surgiu em 2015, pelas mãos da empresa de gestão de ativos Pátria Investimentos.

Hoje, a Odata tem quatro datacenters no Brasil: três em São Paulo, um no Rio de Janeiro. Também há unidades no México e na Colômbia, além de duas no Chile. No radar da companhia, está a abertura de datacenters na Argentina e no Peru. Deve ter ficado claro para você que o foco da Odata é a América Latina.

A unidade que eu visitei, na última quarta-feira (6), é a SP01. Trata-se do primeiro datacenter da Odata. A unidade está localizada em Santana do Parnaíba, munícipio localizado a cerca de 40 km da capital paulista. Guarde esse informação, pois ela traz revelações interessantes.

Antes, convém entendermos o tal conceito de colocation.

O que é colocation, então?

Companhias como Facebook, Google e Microsoft têm datacenters próprios. Os motivos são óbvios: essas empresas processam volumes de dados monumentais, razão pela qual precisam de uma infraestrutura tecnológica feita sob medida. O mesmo vale para grandes bancos, empresas de hospedagem ou serviços nas nuvens e por aí vai.

Por outro lado, há um número gigantesco de companhias que precisam de um datacenter, mas não podem operar um. Seja porque o seu negócio não é grande o suficiente para justificar a construção de um datacenter, seja por falta de viabilidade.

É aí que o colocation ganha forma. Nesse tipo de serviço, companhias especializadas montam estruturas completas de datacenter, mas não para uso próprio. Em vez disso, o espaço é alugado para empresas que precisam de um datacenter, mas não querem ou não podem arcar com um.

O operador do datacenter cuida de toda a infraestrutura do local. isso inclui fornecimento de energia, links de comunicação, equipamentos de refrigeração, sistemas de segurança, racks e assim por diante.

É claro que o controle de acesso também precisa ser rigoroso. No SP01, ninguém entra nas instalações sem ser monitorado e determinados pontos têm acesso restrito até para funcionários da Odata. Aliás, a rigidez da segurança impede até mesmo que fotos sejam tiradas no local. É por isso que usei imagens fornecidas pela própria empresa neste texto.

Por sua vez, os clientes instalam os seus servidores nos espaços contratados e respondem pela manutenção deles. Os funcionários do datacenter em si sequer sabem quais tarefas as máquinas instaladas ali executam. O trabalho deles é o de garantir a operação do datacenter.

De acordo com Victor Sellmer, diretor de vendas e marketing da Odata, os espaços disponíveis na empresa vão de “meio rack” (um rack pequeno) a salas inteiras. O executivo contou até que alguns datacenters da companhia operam exclusivamente para determinados clientes.

Essa flexibilidade de configurações existe porque cada cliente tem necessidades diferentes. Para uma fintech de porte médio ou pequeno, por exemplo, operar com poucos servidores pode ser suficiente. Nessas circunstâncias, um único rack dá conta do recado.

Agora, imagine que uma plataforma internacional de games online quer diminuir o “ping” (latência) para jogadores brasileiros. Para isso, servidores dedicados podem ser instalados no Brasil por meio de um serviço de colocation. Dependendo do número de usuários, essa empresa pode precisar de vários racks no datacenter — talvez, de salas inteiras.

O local importa — e muito

Os três datacenters da Odata em São Paulo estão próximos da capital paulista, mas não dentro da cidade. Há boas razões para isso: a escolha do local leva em conta vários parâmetros. Os mais importantes são a capacidade da região de oferecer energia elétrica e uma boa infraestrutura de telecomunicações.

O datacenter SP01, por exemplo, tem 13.500 m². A demanda por energia é grande não só para alimentar os computadores alocados ali, mas também para mantê-los devidamente resfriados. A exemplo de tantos outros datacenters, a Odata usa um sistema de resfriamento líquido baseado em chillers (resfriadores de água).

Dentro do município de São Paulo, com a demanda por energia que a própria cidade tem, seria mais difícil instalar um datacenter com as mesmas proporções. Para você ter ideia, a unidade visitada tem capacidade de 19,5 MW.

Na verdade, escolher um local é uma decisão tão complicada que, antes de instalar o datacenter SP01, a Odata analisou cerca de 50 terrenos, revelou Eliel Andrade, gerente de produtos e arquitetura de soluções.

O ponto escolhido em Santana do Parnaíba é estratégico. Além de ser acessado facilmente a partir da capital, o local fica ao lado de uma subestação elétrica.

É interessante como o clima da região também é um fator que pesa nessa escolha. O SP01 fica localizado em uma área que, em determinadas épocas, fica bastante fria. Com isso, a empresa pode ativar mecanismos de free coling.

Essa solução é ativada automaticamente e utiliza a temperatura ambiente, quando baixa, para resfriar a água usada no sistema de refrigeração do datacenter. O efeito? Economia de energia.

Redundância é lei em um datacenter

Por limitações contratuais, a Odata não revela quais são os seus clientes. Mas a companhia explica que, entre eles, estão empresas do setor financeiro e varejistas, por exemplo. Imagine o que aconteceria a esses negócios se faltasse energia elétrica no datacenter.

É por isso que todo datacenter precisa ter vários tipos de redundância. Falando especificamente de alimentação elétrica, a unidade da Odata que eu visitei recebe energia de duas origens diferentes. Se uma cair, a outra mantém a operação.

Também há um sistema de geradores, é claro. Juntas, essas máquinas podem manter o datacenter funcionando por 48 horas em caso de falta de energia. Mas, como explica Victor Sellmer, esse é um cenário extremo. Desde que entrou em operação, o datacenter nunca ficou tanto tempo sem energia.

A demanda só aumenta

Tudo indica que a demanda por serviços de colocation manterá a tendência de alta que vem sendo percebida nos últimos anos. Em parte, porque cada vez mais empresas enxergam benefícios ao terceirizar uma estrutura de datacenter.

Além disso, redes 5G estão se espalhando e aplicações baseadas em internet das coisas continuam ganhando força. Isso também contribui para aumentar a demanda por serviços de colocation.

Não por acaso, a Odata tem planos de expansão. De acordo com Sellmer, o datacenter SP01 vai ser ampliado e novas unidades estão a caminho. Considerando só o Brasil, a companhia pretende chegar a cinco datacenters em operação até o final de 2023.

Fonte: Tecnoblog

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