Entre os segmentos que passaram por mais transformações nos últimos tempos, o RH tem se destacado muito positivamente. Seja por conta da necessidade de modificar as rotinas e métodos de trabalho para seguir operando no período pandêmico ou para se adequar às novas demandas e necessidades das equipes e gerações que estão ingressando no ambiente corporativo, a realidade é que essa área está em constante mudança.

Isso porque as recentes tecnologias, ferramentas e softwares possibilitaram que as pessoas descobrissem diferentes formas de realizar suas tarefas e cumprir metas, otimizar processos, aumentar sua produtividade e ao mesmo tempo entregar soluções mais assertivas e satisfatórias para os consumidores.

Mas, para chegarmos ao modelo de trabalho e dinâmicas corporativas que temos atualmente, o RH passou por diversas fases. No RH 1.0, que surgiu no século passado e foi impactado pela Revolução Industrial, o que se esperava dos profissionais da área era que focassem nas atividades mais administrativas, como a contratação e demissão dos funcionários e outras burocracias entre empregador e empregado. Em seguida, no 2.0, tivemos a adição de algumas outras competências às rotinas, trazendo um caráter gerencial para a função e o entendimento de que cada pessoa era importante para o bom andamento e crescimento dos negócios.

Já no 3.0, houve uma adoção de inovações tecnológicas para auxiliar nas tarefas do dia a dia, como recrutamento, seleção de candidatos, treinamentos, ações internas com colaboradores, entre outras, e fazer com que os times ficassem mais motivados, engajados e integrados.

No RH 4.0, temos a junção de todos esses elementos somado a um aprimoramento do uso de soluções, que é feito com mais inteligência e entendimento de todas as possibilidades que ela pode trazer para a gestão das equipes.

Com isso, os processos passam a ser automatizados, tornando-se mais fáceis, ágeis e assertivos, permitindo que os profissionais do setor foquem seus esforços em atividades mais estratégicas, estando mais presente em outras áreas da companhia e em contato mais profundo tanto com os líderes quanto com os colaboradores.

Nesse novo momento, é possível ter um equilíbrio saudável entre o uso de tecnologia, uma gestão mais humanizada, focada no desenvolvimento pessoal e preocupada em fazer com que os profissionais se sintam ouvidos e reconhecidos, e um olhar estratégico, que vai resultar em progresso tanto nas comunicações e processos internos quanto nos negócios, pois, com equipes melhor administradas, qualificadas e respaldadas por ferramentas digitais, é possível desenvolver produtos para o mercado.

Agora, estamos em um momento no qual será possível alcançar novos patamares no RH que trarão impactos extremamente positivos para as organizações. De acordo com dados da Startup Scanner, ferramenta da Liga Ventures, rede de inovação aberta que conecta empresas e startups, existem atualmente no Brasil cerca de 301 HRTechs, que são startups com soluções voltadas a resolver desafios e alavancar esse mercado, sendo que sete delas foram criadas apenas no último mês.

Com o investimento cada vez maior das empresas nesse setor, não demorará muito para chegar na era do RH 5.0, que deve trazer o uso de tecnologias mais disruptivas, que tornem o trabalho ainda mais ágil e produtivo e possibilitem que os colaboradores percam menos tempo com tarefas repetitivas e possam focar naquelas que necessitam de um olhar humano atento e diferenciado. O futuro do trabalho promete muitas novidades, e quem não se atentar a isso vai ficar para trás e perder vantagem competitiva com relação ao mercado. Pense nisso!

Por Gustavo Caetano

Fonte: RH Pra Você