Entre as principais artimanhas, destacam-se as mensagens falsas e os golpes financeiros além do roubo de cartão de crédito e o ransomware
De acordo com um levantamento realizado pela consultoria de cibersegurança Kaspersky, foi detectado no último ano uma alta de 140% no número de ataques digitais direcionados a PMEs no Brasil. Diferentemente do mito de que crimes do tipo são um problema exclusivo das grandes empresas, os pequenos e médios negócios são alvos tanto de ataques avançados quanto de golpes online massivos, que afetam também pessoas comuns.
Para alertar empreendedores do segmento, a Kaspersky lista abaixo os 5 principais golpes praticados no país e como se proteger deles:
Ocorre quando um funcionário clica em algum link fraudulento ou abre um arquivo infectado (que estará disfarçado de um pedido de orçamento, currículo ou algo mais simples, mas condizente com a rotina da empresa). O objetivo final desse tipo de golpe é conseguir acesso ao internet banking do negócio, já que é muito mais rentável para o criminoso, pois qualquer Pessoa Jurídica movimenta mais dinheiro do que a maioria dos consumidores comuns.
Aqui, os criminosos forçam a inserção de um código malicioso (web skimmers) em páginas populares, como lojas e serviços online que solicitam dados de cartão de crédito. Nesse golpe, o “vírus” fica escondido, coletando os dados de pagamento das vítimas para enviá-los aos criminosos. Novamente, os cartões de crédito corporativos são bem mais atrativos, pois o limite diário é maior.
Esse tipo de invasão explora a ferramenta de comunicação que permite o trabalho remoto. É um problema recente e ganhou importância no início da pandemia, com a massificação desse regime de atuação profissional tanto para grandes, quanto para pequenas empresas.
O ataque envolve tentativas repetidas e exaustivas de adivinhar as senhas corporativas para obter acesso à rede da empresa. Uma vez dentro dela, o criminoso buscará dados confidenciais e, em seguida, instalará um ransomware. Esta já foi a causa de muitas paralisações de empresas no Brasil.
Esse golpe é conhecido como a famosa lábia. Os formatos mais comuns são o roubo do WhatsApp corporativo e ligações fraudulentas de criminosos, se passando por representantes de banco para tentar obter os dados financeiros da empresa ou enganar os funcionários a fazerem operações para os próprios golpistas. Esses golpes exploram profissionais despreparados ou desatentos, que podem cair em armadilhas e comprometer a segurança da empresa.
É o roubo de dados corporativos por funcionários que saem da empresa e levam informações confidenciais, como lista de clientes. Metade das PMEs no Brasil já sofreu vazamento de dados, impactando diretamente suas vendas e receita. Uma das causas desse golpe é a Shadow IT, fenômeno que ocorre quando funcionários usam ferramentas online no trabalho – por exemplo, para ter acesso a listas de clientes que acabam sendo levadas quando els saem ou são demitidos.
“Para se proteger, as pequenas e médias empresas precisam encontrar alternativas eficazes e que sejam customizadas para elas. Por exemplo, soluções de segurança em nuvem e pré-configuradas exigem poucos minutos por dia para garantir uma proteção de alto nível e o técnico de informática não precisa estar na empresa para ter acesso ao painel de controle para rodar uma atualização de programa importante. Dessa forma, acredito que o mais desafiador é mudar a cultura digital dos empreendedores e das pequenas empresas. Prevenir é sempre o melhor remédio”, afirma Luciana Lovato, diretora de canais da Kaspersky no Brasil.
Além de um programa customizado para a realidade da PME e a realização de treinamentos para colaboradores, outra característica importante a se buscar é a automação de processos de segurança. Como esses negócios não contam com profissionais dedicados e/ou especializados na área, é importante que essa equipe tenha seu trabalho otimizado.
“Se é possível corrigir um problema de segurança, como sistemas desatualizados, com um clique no painel de controle, por que não o fazer? Dessa forma, o tempo do profissional pode ser usado para resolver problemas mais complexos ou em projetos de inovação que ajudarão a pequena empresa a se desenvolver cada vez mais”, destaca a executiva.
Fonte: Administradores