Pesquisas apontam que serviços como redes sociais e streaming cresceram entre os chamados Masters.

Principal faixa etária afetada pela pandemia do novo coronavírus, os Masters brasileiros – acima de 60 anos – tiveram que reinventar seu relacionamento com a tecnologia no último ano. A maioria faz atualizações constantes de seus conhecimentos e aumentou o tempo de permanência em redes sociais e na internet. Além disso, aumentou o consumo de streaming e alterou hábitos de compras. Estas são algumas das conclusões da edição de janeiro do Data Stories, que reúne dados de diversos estudos da consultoria Kantar IBOPE Media sobre questões ligadas a publicidade, audiência e comportamento do consumidor.

Levantamento especial realizado durante a pandemia, o Target Group Index Flash Pandemic indica que 62% dos maiores de 55 anos conectados à internet, os Masters Conectados, disseram que a crise da Covid-19 contribuiu para a adoção da tecnologia no cotidiano; 49%, que ela fez com que plataformas como Instagram e Facebook se tornassem mais importantes para eles; e 48%, que proporcionou tempo para o aprendizado de novas habilidades.

Além disso, eles estão cada vez mais conectados: 64% acessaram a internet nos últimos 30 dias, o que representa um crescimento de 101% em comparação com os últimos cinco anos. Já quanto às redes sociais, entre os Masters Conectados, 91% têm cadastro em alguma delas, 79% as acessaram no último mês e 66% aumentaram a frequência de uso durante a pandemia.

A grande favorita é o Facebook, acessada por 98% dos Masters Conectados e onde eles navegaram, em média, 2.541 minutos (cerca de 42 horas) nos últimos 30 dias. Em seguida estão o WhatsApp, com 95%, Messenger do Facebook (93%) e Instagram (78%). E ainda que o TikTok esteja na 7ª posição, atrás do Pinterest e Twitter, com 23%, essa rede recebeu atenção desse público por 509 minutos no último mês, o que é 9% a mais do que a média dos usuários de internet em geral, segundo o Target Group Index Clickstream.

Os dados vão além. 42% dos Masters declaram se manter atualizados sobre desenvolvimentos tecnológicos e 40% gostam de comprar com frequência novos aparelhos e eletrodomésticos. Para completar, 38% acreditam que a tecnologia melhorou a qualidade do contato humano, ainda que a mesma quantidade diga que os computadores confundem. Porém, esse número é 14% menor do que há três anos, o que significa que existe uma oportunidade de mercado para marcas que facilitem a vida desse público.

O smartphone é o dispositivo utilizado para acessar a internet por 82% dos Masters Conectados, seguido de perto por notebook ou computador (77%) e por tablets (12%).

No que se refere ao streaming durante a pandemia, entre os Masters que usaram os serviços, 92% aumentaram ou mantiveram o consumo de vídeos gratuitos, 90%, de streamings de música e 89%, de vídeos pagos.

Os Masters Conectados também usam a internet para entender mais sobre suas compras: 85% declararam ter acessado a web para obter informações sobre produtos ou serviços antes da compra e 75% efetivamente adquiriram algo online.

Por fim, dados do Flash Pandemic mostram que as cinco principais categorias em que eles aumentaram ou mantiveram os hábitos de compra foram produtos para limpeza doméstica, citados por 80% dos entrevistados; mercado/alimentos (75%); remédios (74%); contratos de telefonia móvel (59%); e contratos de serviços de internet (58%).

Fonte: Administradores