2018 terá um ritmo de mudanças acelerado, com tecnologias cada vez mais complexas surgindo a todo momento. As empresas terão dificuldade em acompanhar este ritmo porque, simplesmente, não conseguem ser especialistas em tudo – desde Inteligência Artificial e blockchain até computação edge e cloud. A prioridade ao longo do próximo ano é perceber as melhores formas para aplicar essas tecnologias e entender quais capacidades são necessárias para colocá-las em prática.
Essa questão é particularmente pertinente no domínio da IA e da automatização, já que serão tendências cada vez mais relacionadas a aplicações no mundo real. A Inteligência Artificial pode, inclusive, fazer parte de todas as frentes dos negócios, desde a automatização administrativa e das funções de conformidade até o desenvolvimento de chatbots de apoio ao cliente. Com isso em mente, as empresas provavelmente terão dificuldade em priorizar as áreas que devem começar a utilizar a IA. As organizações precisam focar em setores em que a tecnologia pode gerar mais valor e entender quais são as necessidades para começar a desenvolver soluções.
Além disso, os dispositivos conectados continuarão no crescente de popularidade. Especialmente quando as empresas de logística alimentar e saúde, por exemplo, perceberem os benefícios da Internet das Coisas para obter o máximo de informações. Isso significa que em 2018 a computação edge estará claramente na ordem do dia, especialmente a medida em que formas de processar e analisar enormes volumes de dados sejam encontradas pelas organizações. Veremos o ressurgimento do uso de desktops para fornecer o poder de processamento necessário em projetos de IoT.
Outra tendência é de que, em 2018, os consumidores se tornem cada vez mais digitais. Essa mudança terá, inclusive, impactos no setor bancário. A aceitação de dinheiro físico deve decrescer a medida em que mais pessoas procurem os serviços digitais mais convenientes para suas transações – como transferências de valores, por exemplo. Esse movimento terá vantagens para os bancos como a possibilidade de redução de custos com infraestrutura física para suportar a movimentação de notas e moedas ou a necessidade de diversas unidades para oferecer esses serviços. No entanto, isso também diminuirá os obstáculos para a entrada de novos players, o que fará com que os bancos tenham novos competidores em serviços e empresas de outros mercados.
Vale ressaltar que veremos uma agitação similar no âmbito da medicina a medida em que os centros de saúde e hospitais começarem a adotar alguns serviços digitais. Veremos a mudança do modelo “físico primeiro” para um outro em que os pacientes possam ter consultas digitais em primeiro lugar – movimento que, a longo prazo, será suportado por informações de diagnósticos com base em sensores IoT. Em última análise, esse movimento vai melhorar as formas de tratamento e tornará os cuidados com a saúde mais eficientes.
Tanto no setor financeiro, quanto no de saúde, todas as mudanças serão impulsionadas pelo advento de consumidores nativos digitais que querem encontrar as vantagens desse mundo digital concretizadas em todos os aspectos da vida. No entanto, é provável que isto seja um desafio para os consumidores mais velhos e os setores público e privado devem assegurar que essas questões não sejam deixadas para trás.
Fonte: Administradores