Estudo ‘Marca Empregadora 2023’ aponta lacunas entre o perfil ideal que profissionais buscam e a realidade nas empresas em busca de uma marca mais atrativa.
Realizado há mais de 22 anos, o tradicional estudo Marca Empregadora da Randstad, global em soluções de recrutamento e seleção, apresenta os principais aspectos para os trabalhadores na escolha de um empregador A edição 2023 ouviu mais de 4 mil profissionais de todas as regiões do país, e assim como no último anos, os dados apontam que os profissionais brasileiros buscam três características principais nas empresas: oportunidades de progressão na carreira, escolhida 35% mais vezes do que a média dos que os outros considerados importantes, salário e benefícios atrativos (33%) e um ambiente de trabalho agradável (29%). Os outros dois bem colocados foram treinamento eficaz (14%) e equilíbrio de vida profissional e pessoal (13%).
O executivo Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil, destaca a valorização dos benefícios considerados não materiais: “Para 88% dos entrevistados, os benefícios não materiais, aqueles que vão além de salários e benefícios, são relevantes e, para 90%, são considerados tão importantes quanto os benefícios materiais. O estudo Marca Empregadora mostra que a perspectiva de crescimento e progressão de carreira é a principal prioridade para os talentos, ficando acima de todos os demais aspectos avaliados. É um atributo que deve estar presente nas ofertas de emprego”.
O estudo busca entender também se os aspectos apontados considerados ideais para os talentos se refletem na realidade atual das empresas em que trabalham. Os dados apontam uma diferença com relação às características mais bem avaliadas no dia a dia real das empresas. O item “ambiente de trabalho agradável” é o único dos considerados ideais que aparece na realidade atual das companhias. Os demais, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, progressão de carreira, salário e benefícios atrativos aparecem, respectivamente, apenas em oitavo, nono e décimo lugar. Os entrevistados também apontaram boa reputação, boa localização, saúde financeira e estabilidade no emprego a longo prazo como atributos proporcionados pelas empresas, que lhes são interessantes.
“Entender a lacuna entre o que os profissionais idealmente buscam e o que as empresas oferecem torna-se um ativo valioso para identificar eventuais ajustes necessários na marca empregadora. Portanto, é essencial que as empresas estejam atentas às necessidades e expectativas dos profissionais, oferecendo condições que atendam a essas demandas. Isso requer comunicação clara, políticas eficazes e um compromisso em criar um ambiente de trabalho saudável e atrativo”, relata o executivo da Randstad.
No estudo, a Randstad também analisa as percepções do mercado de trabalho em relação aos 150 maiores empregadores do Brasil e apresenta as 10 empresas mais atrativas para se trabalhar. Nesta edição, Nestlé, Unilever Brasil e Mercedes-Benz lideraram o ranking, seguidas por Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A, Petrobras, IBM Brasil, Heineken, Volkswagen, Coca-Cola Femsa e General Motors do Brasil.
“Uma marca empregadora forte impacta positivamente tanto a imagem da empresa no mercado, como o seu ambiente interno. Por meio de sua boa reputação, a empresa tem maior facilidade em atrair e reter talentos, e consegue maior engajamento e produtividade de suas equipes. Os resultados do nosso estudo reconhecem grandes empresas que têm investido em employer branding, gerando orgulho de pertencer e desejo de construção de carreira. Companhias como estas têm maior capacidade de conquistar e fidelizar os melhores talentos, o que as faz se diferenciar no mercado”, conclui Fabio.
Fonte: Mundo RH