O Facebook anda com a corda no pescoço por uma série de motivos, alguns deles sendo o fato de ter apresentado uma vulnerabilidade que colocou em risco os dados de milhões de usuários e por ter sido usado como veículo de não apenas notícias mentirosas, as fake news, mas também por ser o meio de propagação de discursos de ódio e de discriminação de vários tipos.
Recentemente, a rede social deletou mais de 500 milhões de contas, cerca de 2 milhões de postagens com conteúdo político duvidoso e uma infinidade de postagens que apagou, aparentemente, sem motivo algum. Muitos usuários comuns, inclusive, reclamaram por terem suas postagens ou contas removidas sem explicação.
Como funciona?
O Facebook, com a intenção de explicar para seus usuários os motivos pelos quais tantas postagens e contas são removidas, publicou um documento revelando mais detalhes sobre o que pode fazer com que suas postagens sejam retiradas do ar na rede social. Além disso, Sheen Handoo, gerente de políticas públicas da plataforma, explicou um pouco melhor quais conteúdos podem causar problemas para seus autores.
“Não permitimos qualquer forma de violência na nossa plataforma. Entre outras coisas, removemos referências a organizações perigosas, como grupos terroristas. Qualquer referência ou representação de suicídio e autolesão também não é permitida. Da mesma forma, também removeremos qualquer conteúdo censurável, como discurso de ódio, nudez, pornografia ou violência explícita”, afirmou Handoo para a publicação Quartz.
Para encontrar esse tipo de conteúdo que pode ser removido da plataforma, Facebook utiliza tanto meios tecnológicos, como sistemas de inteligência artificial e machine learning, quanto equipes humanas de revisão de postagens. No final de 2017, eram cerca de 10 mil pessoas trabalhando nessa função e a rede social pretende chegar aos 20 mil até o fim desse ano.
Fake news na mira
Quanto às fake news, Handoo afirmou serem um desafio imenso para os responsáveis pelo Facebook. Eles estão cientes do perigo que elas representam, inclusive com problemas graves tendo acontecido no Sri Lanka, onde a plataforma precisou sair do ar por ter supostamente dado espaço para grupos violentos que pregavam a destruição da minoria muçulmana do país.
Segundo o gerente de políticas públicas da rede social, no mundo inteiro, entre outubro de 2017 e março de 2018, o Facebook desativou 583 milhões de contas falsas minutos após seu registro e 99% foram marcadas por ferramentas internas. Foram identificadas 837 milhões de casos de spam, dos quais quase 800% foram sinalizados antes de serem reportados. Também foram removidas 1,9 milhão de peças de propaganda terrorista e cerca de 99,5% foram sinalizadas pelas ferramentas de IA e machine learning.
Fonte: Tecmundo
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