Horários de mais audição deixam de ser durante começo da manhã e fim da tarde, com consumo agora ficando mais espalhado ao longo do dia. Spotify e Deezer explicam mudanças
O distanciamento social, o home office e a pandemia da Covid-19 mudaram a forma que as pessoas usam as plataformas de streaming.
Para entender o novo perfil de quem ouve podcasts e música nesses serviços, o G1 foi atrás do Spotify e da Deezer. As conclusões são as seguintes:
Marcos Swarowsky, diretor geral da Deezer no Brasil e América do Sul, explica que a maior “ocasião de consumo” sempre foi o deslocamento para o trabalho:
“Nosso pico de usuários antes era sete da manhã e agora é entre nove e dez da manhã. Agora, o dia de maior consumo é o sábado, principalmente à tarde.”
A plataforma de streaming teve uma queda de 10% no número de streams na terceira semana de março, mas o número de usuários se manteve estável.
No Spotify, a mudança de consumo foi parecida. Segundo a empresa, mais usuários têm ouvido conteúdo “em dispositivos como desktops de computadores, TVs, alto-falantes inteligentes e consoles de jogos”. É algo natural. Quem pode está ficando em casa.
Playlists com outra vibe
Swarowsky conta que houve uma tentativa de repensar a parte de curadoria de playlists. “Antes, eram ouvidas mais playlists de gêneros. Agora, são mais playlists de ‘moods’, como as de calmaria, ‘iniciando o dia’, ‘working from home’. Elas estouraram.”
Na Deezer, o estilo que mais caiu durante essas semanas de distanciamento social foi o punk. MPB e rap acústico foram dois dos gêneros com mais crescimento.
As playlists com temas de culinária e serviços de casa foram as que mais bombaram no Spotify durante este período de isolamento.
E isso é fruto de uma troca. Agora, todo mundo busca uma trilha para tarefas domésticas e familiares, em vez querer músicas para encontros com amigos.
Podcasts de auto-conhecimento, bem-estar e meditação também tiveram aumento de audições nas duas plataformas de streaming, nas últimas semanas.
Podcasts com notícias e explicações sobre o coronavírus, é claro, também estão com bom desempenho.
Fonte: G1
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