Tecnologia 5G deve permitir inspecionar empresas em tempo real, sem sair de casa.
A tecnologia 5G deve estar disponível em 26 capitais estaduais e no Distrito Federal até o dia 31 de julho.
Nessa primeira fase, as operadoras são obrigadas a levar a nova tecnologia a todas as capitais brasileiras.
Contudo, as operadoras afirmam que muitas prefeituras ainda não aprovaram a lei municipal para permitir a instalação dos equipamentos e criar a infraestrutura que irá transmitir o sinal 5G.
Das 26 capitais, apenas dez e o Distrito Federal têm leis que permitem instalar os dispositivos, que precisam ficar no alto de prédios ou em postes de iluminação pública.
A expectativa é que a velocidade da conexão com a internet seja até 100 vezes maior do que a atual.
No 4G, uma torre manda o sinal para um bairro inteiro. Já as ondas do 5G são mais curtas e, por isso, serão necessárias dez vezes mais dispositivos como os que vêm sendo usados em Nova York.
De acordo com o porta-voz do Movimento Antene-se, Luciano Stutz, o procedimento não é tão simples de ser realizado.
“É necessário um tempo de locação, de identificação dos locais, contratação e licenciamento. E está em cima da hora para implantar o 5G nas capitais brasileiras”, afirma.
A Confederação Nacional dos Municípios declarou que tem cobrado ajuda do governo federal para contratar técnicos e atualizar os cadastros para a instalação da rede 5G.
Tecnologia 5G
A tecnologia 5G é um avanço da evolução que começou há 40 anos com o processamento de dados de forma analógica.
A primeira geração (1G) de rede móvel sem fio foi lançada na década de 1980 para uso nos primeiros celulares. A transmissão funcionava de forma analógica, utilizando sinais de rádio para codificar o áudio, e a tecnologia era limitada a fornecer os serviços de voz entre aparelhos.
Na década de 1990, foi criada a segunda geração (2G) de conexão móvel, em que todo o funcionamento era feito de forma digital. Foi um passo importante para distribuir serviços de voz e mensagens de texto. Também havia capacidade para transmissão de dados, mas de forma limitada.
O 3G, lançado em 2001, corresponde à terceira geração de conexão móvel, que consolidou o acesso e a navegação pela internet por celulares. O enfoque dos novos padrões e tecnologias foi o uso diário de serviços de internet, como a navegação em sites, redes sociais, acesso a e-mails e troca de mensagens.
Em 2010, a geração recebeu melhorias, com avanços significativos na transmissão de dados. A quarta geração (4G) permitiu, por exemplo, reproduzir vídeos em alta definição, jogar online e realizar videoconferências com velocidade e estabilidade.
A quinta geração (5G) promete mais do que aumentar a velocidade: marcará, também, a conexão sem fio para outros aparelhos. Os resultados são previstos para uso doméstico, com a ampliação do conceito de casas conectadas; e em serviços industriais, com novas possibilidades de automação e Internet das Coisas (IoT).
5G nos negócios
No âmbito empresarial e industrial, a tecnologia 5G pode transformar toda a estrutura de trabalho e produtividade, de acordo com o conselheiro de tecnologia Roberto Dias Duarte.
“As empresas não vão mais depender de redes sem fio e a cabo para comportar todas as suas necessidades. A rede 5G é suficiente para garantir o exercício de todas as operações. O desprendimento de redes a cabo possibilita não apenas a flexibilidade de conexão, mas também a economia com materiais e manutenção”, explica.
Os novos recursos sem fio integrados aos dispositivos permitirão que as pessoas se conectem de praticamente qualquer lugar.
Segundo ele, a realidade virtual e a aumentada podem nos permitir trabalhar como se estivéssemos fisicamente na sede da empresa, como inspecionar uma fábrica em outro país em tempo real, sem precisar sair do escritório ou de nossa casa.
Fonte: Contabeis