A fabricante de antivírus russa Kaspersky Lab publicou um relatório com estatísticas sobre ataques realizados por spam (e-mails indesejados) durante o primeiro trimestre de 2019. Os números da empresa apontam que o Brasil é o país com maior proporção de usuários que recebem mensagens de “phishing”, que tentam convencer a vítima a informar dados pessoais.
Em uma mensagem de phishing típica, o e-mail afirma que há algum problema com um pagamento ou conta bancária da vítima. Para resolver imediatamente o problema, é preciso clicar em um link e fornecer as informações. Os dados, porém, são normalmente digitados em uma página falsa para serem enviados aos golpistas, permitindo a realização de fraudes com roubos de conta e transferências financeiras não autorizadas.
De acordo com o levantamento, 21,66% dos brasileiros (pouco mais de um em cada cinco internautas) receberam esse tipo de mensagem fraudulenta. Em segundo lugar estão os australianos (17,20%), seguidos os espanhóis (16,96%), portugueses (16,81%) e venezuelanos (16,72%).
O Brasil também ocupou a quarta posição como fonte dessas mensagens. Segundo a empresa, 6,95% de todas as mensagens indesejadas monitoradas pela companhia foram enviadas a partir de algum computador no Brasil. A China, porém, é a maior fonte dessas mensagens, sendo responsável por 15,82% dos envios, seguida dos Estados Unidos, com 12,64%.
Bancos e flores
A Kaspersky Lab afirma que bancos são os principais envolvidos nesse tipo de fraude, sendo mencionados em 25,78% dos golpes. Outros interesses dos criminosos incluem serviços de grandes portais de internet (19,82%), sistemas de pagamento (17,33%) e redes sociais (9,07%).
O relatório também apontou algumas das mensagens utilizadas pelos golpistas. A empresa destacou que o Dia de São Valentim, que funciona como um “Dia dos Namorados” em muitos países e é comemorado em 14 de fevereiro, aumentou o número de mensagens envolvendo serviços para relacionamentos, lojas de flores e até Viagra. As mensagens, quando não possuem intuito diretamente comercial (como a venda ilícita de um remédio) são montadas para que as vítimas entreguem seus dados pessoais.
A companhia não forneceu exemplos de mensagens que circularam no Brasil, em português. Para quem quiser conferir como são os golpes brasileiros, Catálogo de Fraudes, criado e mantido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, traz diversos exemplos nacionais.
Fonte: G1
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